Porto alarga oferta com três voos semanais para Viena

É já a partir deste sábado, 1 de abril, que a Austrian Airlines vai passar a oferecer três voos semanais diretos do Porto para a capital austríaca, Viena. O anúncio foi feito esta sexta-feira, no restaurante Praia da Luz, no Porto, num Media Brunch promovido pela Austrian Airlines.

Com capacidade para 180 passageiros, os voos serão operados com aeronaves Airbus 320. O voo Porto-Viena terá duração de cerca de três horas e será feito durante todo o ano às terças, quintas e sábados.

Para além dos voos diretos, os passageiros beneficiam de ligações europeias e intercontinentais a partir do Porto através do hub de Viena, assegurando uma rede de mais de 120 destinos, além das cidades austríacas de Innsbruck, Klagenfurt e Graz e de outras cidades através da ÖBB (ferrovias federais austríacas), cobrindo rotas dentro da Áustria e que a Austrian Airlines não opera como Linz, Salzburgo e Graz.

A estreia da companhia austríaca na Invicta é motivo de grande orgulho: “Não estamos apenas a posicionar a Austrian Airlines no mercado português, mas também a trazer a hospitalidade austríaca e a excelência gastronómica para Portugal”, afirma Sebastian Lüttmann, Diretor Sénior de Experiência de Marca da Austrian Airlines, destacando que a empresa se afirma como a companhia aérea nacional, assumindo-se como “embaixadores da cultura e da história austríacas”: “Queremos que os nossos passageiros sintam a hospitalidade austríaca: quando estão a bordo dos nossos aviões, queremos que se sintam em casa”. Para tal, “mantemos uma monitorização da satisfação dos nossos passageiros. Os nossos dados mostram uma satisfação contínua de 90%, algo que muito nos orgulha”, acrescenta.

“Depois de 22 anos, a Austrian Airlines volta a servir Portugal. O último voo foi em 21 de outubro de 2000: foi há muito muito tempo”, começa por lembrar Thomas Ahlers, diretor-geral de Vendas do Grupo Lufthansa, destacando que “este voo vai oferecer ainda mais conexões, para além das ligações que a Lufthansa já tem a partir do Porto”. A título de exemplo, o responsável destaca as “boas conexões com a Ásia” que a companhia mantém, como “Banguecoque que passa a estar bem ligado ao Porto”, mas também o “Norte de África: temos uma boa oferta adicional com esta conexão de uma escala”, diz.

Mesmo com esta ligação Porto-Viena a estar disponível até ao dia 21 de outubro, o diretor geral de Vendas do Grupo Lufthansa adianta que está previsto estender a operação para o inverno: “Outras companhias entram e saem ou quando vêem uma oportunidade de lucro ou que querem cortar custos: nós somos um parceiro confiável”, assegura o responsável, sublinhando que a companha “quer manter-se aqui”.

Com a entrada da Austrian Airlines na cidade do Porto, as outras três companhias do grupo Lufthansa (Lufthansa, SWISS e Brussels Airlines) passam a servir cinco aeroportos em Portugal, totalizando 29 voos por dia durante este verão, com a a maioria deles a saírem do Porto (12 frequências diárias). Para este verão, o Grupo Lufthansa vai oferecer 18% mais voos para Portugal do que durante o verão pré-pandémico de 2019, uma decisão que Thomas Ahlers considera ser o reconhecimento da “ importância de Portugal para o Grupo, pois representa 30% mais capacidade do que a média mundial do Grupo Lufthansa”.

Porto é o destino com o maior número de reservas

O Porto está entre as sete cidades europeias que a Austrian Airlines apostou em novas rotas que têm início já a partir deste sábado, 1 de abril. No caso da cidade Invicta, a escolha teve como base razões económicas: “Temos um plano para a rede na companhia e que, claramente, avalia onde está a próxima oportunidade”, explica Thomas Ahlers, destacando que a aposta no mercado europeu implica um “investimento substancial” que “tem de ser justificado”. No entanto, as provas estão à vista: “A cidade do Porto é o destino com o maior número de reservas, melhor que os outros seis”, refere o responsável aos jornalistas, acrescentando que o Porto, ao contrário de Lisboa, é visto como uma oportunidade, quando analisada a competitividade do mercado: “Comparando com outras cidades, Lisboa incluída, mas também outros países, aqui [no Porto], temos mais oportunidades e, talvez, menos concorrentes diretos do que teríamos em Lisboa”. A isto, soma-se o mercado corporate, tendo em conta que o objetivo é olhar para o “mix”:  “Não é apenas importante encher o avião, mas ter receita certa, porque [os passageiros] vão para outros locais e só para Viena”. Quando comparado com as cinco cidades que a companhia serve em Portugal, Thomas Ahlers afirma que a cidade do Porto é a que se destaca: “Vendemos mais no Porto do que em Lisboa ou em Faro (…) e as reservas provam que foi, provavelmente, uma boa decisão”. A escolha do Porto faz, assim, todo o sentido: “Oferece o produto certo. E com a região do Douro e as suas paisagens, são um destino muito atrativo […] e, olhando para outros destinos do grupo Lufthansa, o Porto é um destino com muito sucesso”.

Por: Cristiana Macedo, no Porto