Porto e Norte quer atingir níveis de fevereiro de 2020 até finais de 2022 ou início de 2023

A Assembleia Geral da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) aprovou o Relatório & Contas de 2020, com apenas uma abstenção. Luís Pedro Martins, presidente da entidade, fez a resenha do ano, lembrando o crescimento que se verificava em fevereiro de 2020, na ordem dos 15%, para quebras recorde.

“Passámos do melhor ano de sempre para um dos piores de sempre, pelos motivos que todos conhecemos, mas mesmo assim tivemos quebras abaixo da média nacional”, disse o presidente da TPNP aos associados, lembrando alguns números animadores, como o facto de “ocuparmos pela primeira vez o primeiro lugar no ranking de hóspedes por regiões, o que se explica pelas inúmeras campanhas de comunicação que fizemos mal se começou a desconfinar, em meados de abril, o que permitiu um pequeno balão de oxigénio”.

Passando em revista todas as medidas tomadas para mitigar a crise que se abateu sobre o setor, Luís Pedro Martins estabeleceu a ambiciosa meta de conseguir elevar os indicadores de atividade turística a patamares de fevereiro de 2020 até “finais do ano de 2022, inícios de 2023”, acreditando nos planos de curto e médio prazo que a entidade implementou e no redimensionamento da oferta para ir ao encontro do arquétipo de turista saído desta crise pandémica.

“Estamos confiantes que o nosso destino tem as condições ideais para o novo perfil do turista do pós-pandemia, que procura produtos mais relacionados com a natureza, a gastronomia, vinhos, saúde e bem-estar e náutico”, frisou o presidente da TPNP. Projetos como a criação da marca «Termas do Porto e Norte de Portugal», a “Rota dos Vinhos e do Enoturismo do Porto e Norte de Portugal” ou a aposta no turismo industrial, foram apresentados como trunfos competitivos para o posicionamento do território, tendo em conta o «novo» turista.

Nos próximos tempos, a TPNP continuará a promover a digitalização da oferta, a acelerar produtos de nova procura, a estimular a dinâmica do território com eventos turísticos e a lutar pela reposição da conetividade aérea, nomeadamente com os seus 10 mercados estratégicos, uma das grandes preocupações do Turismo do Porto e Norte. Foi ainda manifestada uma grande preocupação relativamente ao atraso na abertura a alguns mercados, como por exemplo o mercado americano, algo que não se compreende tendo conta o já realizado em relação a outros mercados onde a situação pandémica está mais instável.

A importância da concertação estratégica entre TPNP e Associação de Turismo do Porto, que agora participa na assembleia geral da TPNP como associada, foi várias vezes sublinhada por Luís Pedro Martins. “Era essencial estarmos alinhados, nomeadamente nas áreas da promoção, comercialização, acolhimento, comunicação e marketing, numa altura tão difícil para o setor”, disse.