Portugueses gastam menos e trabalham mais durante o fim-de-semana

Os portugueses tiveram, em média, seis fins-de-semana que consideraram ótimos nos últimos 12 meses – mais um do que no ano anterior. A média europeia é de sete fins-de-semana. Segundo um estudo sobre a qualidade de vida aos fins-de-semana elaborado pela Budget Rent a Car, um fim-de-semana em grande parece continuar a ser maioritariamente benéfico, com 84% dos inquiridos a afirmar sentir-se mais amigável, ou mais agradável no local de trabalho. Existiu, no entanto, também uma ligeira subida no número de inquiridos que afirmou precisar de um dia para recuperar do fim-de-semana, 27% face a 16% em 2014, ou sentir-se exausto, com 22% de respostas afirmativas face a 15% no ano anterior.

O inquérito anual Budget pretende perceber se os portugueses estão a aproveitar ao máximo os seus fins-de-semana, e como os seus hábitos se relacionam com os dos restantes clientes europeus. A Budget acredita que todos os fins-de-semana são uma oportunidade para experimentar algo novo ou conhecer um local que sempre quiseram visitar, e que os seus serviços rent a car podem permitir mais diversão, a mais pessoas.

O Estudo foi conduzido pela Opinium em julho de 2015 e inquiriu 7.000 adultos de sete países europeus (Reino Unido, Espanha, Portugal, Holanda, França, Itália e Alemanha) de modo a identificar os fatores que tornam um fim-de-semana comum num fim-de-semana em grande, e encorajar os seus clientes a terem um mais frequentemente. A pesquisa complementa as parcerias contínuas da Budget com um grupo de 28 Instagramers de vários países europeus, que oferecem inspiração para o que fazer e onde ir, de carro, durante o fim-de-semana. Algumas conclusões do estudo incluem:

· Apenas 9% dos portugueses consideram não ter tido nenhum fim-de-semana em grande nos últimos 12 meses, face à média europeia de 12%. Em 2014, a percentagem nacional fora de 14%.
· A percentagem de portugueses que tiveram uma experiência nova no último fim-de-semana diminui 5% face a 2014, com apenas 8% dos inquiridos a responder afirmativamente.
· O orçamento disponível para o fim-de-semana está mais baixo: os portugueses estão dispostos a gastar apenas 160 euros, face aos 172 euros disponíveis em 2015. Portugal é o único dos países inquiridos a apresentar uma tendência de diminuição.
·Em sentido contrário, o tempo gasto a trabalhar durante o fim-de-semana aumentou: mais de metade dos portugueses (54%) fala ou discute sobre assuntos de trabalho no fim-de-semana, face aos 45% em 2014, e 35% verificaram e-mails de trabalho todos os fins-de-semana, face aos 33% no ano anterior.
Quanto custa um fim-de-semana em grande?

Em 2015, os portugueses estão dispostos a gastar cerca de 164 euros num fim-de-semana, face a 172 euros disponíveis em 2014. É o único país que apresenta uma tendência de decréscimo nesta matéria, com a França e Itália a aumentarem os seus valores exponencialmente e a ocuparem as posições de topo na lista dos mais gastadores.

As pessoas e a quebra na rotina continuam a ser os grandes fatores de influência na transformação de um fim-de-semana comum num fim-de-semana em grande. Entre os inquiridos portugueses, visitar um lugar que sempre se tenha querido conhecer é a resposta mais comum, com 52%, seguida de perto pela passagem do fim-de-semana na companhia de familiares e amigos, com 47%. Visitar novos destinos surge em terceiro lugar, com 37% de menções.

Uma tendência semelhante à média europeia, com 43% de respostas afirmativas para a visita de lugares que sempre se tenham querido conhecer e para fins-de-semana na companhia de familiares e amigos, seguidos das viagens a novos destinos com 30% de respostas afirmativas.
O que impede mais fins-de-semana em grande?

A duração do fim-de-semana, na perceção dos portugueses está cada vez menor, assumindo uma hora média de início, em 2015, de 15 horas e 49 minutos de sexta-feira (face às 13 horas e 45 minutos, em 2014) e a terminarem algures perto das 18 horas e 48 minutos de domingo. Questões relacionadas com dinheiro e falta de tempo continuam a ser fatores impeditivos de mais fins-de-semana em grande, embora as questões económicas tenham sofrido uma diminuição no número de nomeações pelos inquiridos, face a 2014 (em 2014 foram nomeadas por 76% da amostra populacional, face a 74% em 2015).

O clima e meteorologia também fazem uma nova aparição com 12% dos portugueses a nomearem-nos como fatores impeditivos. Os portugueses são, ainda, aqueles que afirmam o valor mais alto de temperatura ideal, de todos os países inquiridos: 26º. A média europeia é de 24º.