As Pousadas de Portugal esperam encerrar o ano de 2016 com um aumento do número de hóspedes “acima dos 17%”, sendo que, segundo dados de 30 de setembro, o crescimento até agora está nos “19,4%, face ao ano passado”, referiu hoje Frederico Costa, administrador da marca, num encontro com a imprensa na Pousada de Lisboa,
Para além disso, o responsável aproveitou para fundamentar a importância da marca “Pousadas de Portugal”, que existe desde 1942 e onde constam atualmente 26 unidades, espalhadas de norte a sul do país. Funcionando a marca através de um contrato de concessão, que neste caso está acordado até 2018, e com possibilidade de extensão contratual por mais cinco anos, o administrador das Pousadas destacou o objetivo de crescimento “nos próximos três anos”.
Antes com 24 Pousadas, agora com 26, através da junção da Pousada do Freixo, no Porto e da unidade de Cascais, ressalve-se ainda que são nove as unidades “franchisadas” que utilizam outra gestão mas que mantêm a mesma marca associada.
Frederico Costa indicou também que as Pousadas têm mantido uma taxa de ocupação média de 59%, juntamente com uma estada média de 1,86 dias. Olhando para aquilo que foram os últimos anos da marca, pertencente ao grupo Pestana, sublinhou ainda a diferença que denota no tipo de clientes. Inicialmente direcionadas ao mercado português, hoje os dados apontam para um cenário onde a ocupação é “31% nacional e 69% estrangeira”. Neste sentido, especificou que os mercados de destaque continuam a ser “o inglês e o alemão”, mas onde “os Estados Unidos estão a crescer mais do que todo os outros (mercados) ” podendo acabar, já este ano, entre os três primeiros.
Até setembro, a marca registou “329 mil clientes que dormiram nas Pousadas e 649 mil refeições”. Ainda assim, refere que a tendência do “fim de semana continua” mas que, devido à procura internacional, “atenua essa sazonalidade durante a semana”.
Por fim, sublinhou o facto da Pousada de Lisboa ter os “melhores resultados do grupo Pestana” e onde destaca Viana do Castelo e a Serra da Estrela “que têm sido uma surpresa”, a par de Óbidos que continua “como um caso de sucesso”.
“As Pousadas estão sob gestão do grupo Pestana e o grupo está a crescer muito”. No futuro, referiu, “gostaríamos muito de ter uma pousada no Porto, no centro histórico, agora veremos se será viável”. Destacou ainda, o facto de assistirmos a “uma reestruturação e requalificação do conceito de pousadas” e ainda da diferença que se notou entre a gestão do Estado, anteriormente, e a gestão do grupo Pestana, a partir de 2003.
Por fim e olhando para aquilo que poderá ser o futuro das Pousadas de Portugal, Frederico Costa prefere falar de uma consolidação dos “resultados em Portugal” antes de se falar de “internacionalização”. Nomeadamente pelo facto de haver um “custo associado” e que as Pousadas, embora pertencente a um grande grupo, são “unidades pequenas em locais difíceis, que esperam retirar o retorno”.