Eugénio Fernandes, presidente da EuroAtlantic, afirma, em entrevista ao Negócios, que “não haverá lugar para todos” no setor da aviação e que haverá “mais falências, até porque muitas das empresas ainda estão a aguentar-se devido aos apoios”.
Relativamente à empresa a que preside, o responsável avança que até agosto as perdas já chegaram aos 63% e a previsão, até ao final de 2020, é de um perda de 70% do volume de vendas.
Eugénio Fernandes garante que o plano de rescisões está concluído, e que abrangeu 10% do staff fixo, ou seja, 40 pessoas. O que significa que a empresa “vai ficar mais pequena” mas “vai manter toda a sua capacidade operacional”.
Quanto a apoios, o presidente da EuroAtlantic admite que a companhia aérea pecisa de isenções de TSU, uma flexibilização do lay-off e outras medidas que, juntas, representariam cerca de 40 milhões de euros. O responsável esclarece ao Negócios que sem esses apoios, a empresa poderá precisar de aumentar o capital.
Relativamente aos apoios à TAP, Eugénio Fernandes explica que não tem dúvidas de que distorcem a concorrência: “não compreendo como é que, num setor que contribui com 57 mil postos de trabalho e tem ‘n’ companhias de aviação, o apoio do nosso Estado é canalizado apenas para as empresas que têm cariz público.