Presidente Executivo da ANA quer Montijo como “Aeroporto 4.0”

Carlos Lacerda, presidente executivo da ANA – Aeroportos de Portugal, informou hoje estar a “definir o conceito” do aeroporto de Montijo, que deverá ser complementar ao de Lisboa, e para o qual defende um modelo “aeroporto 4.0”. Na conferência “Crescimento da economia portuguesa: mitos e realidades”, em Lisboa, o responsável indicou que se “está a definir o conceito do aeroporto” do Montijo, uma solução que se avançar irá possibilitar 72 movimentos por hora, em vez dos cerca de 38 atuais apenas no aeroporto Humberto Delgado, avança a agência Lusa.

Carlos Lacerda referiu a sua vontade de fazer do Montijo um “Aeroporto 4.0”. “Gostava de fazer disso uma bandeira”, resumiu o responsável, lembrando as “poucas oportunidades de criar um aeroporto de raiz”.

O dirigente afirmou a vontade de no Montijo, caso se oficializasse a escolha do local para o novo aeroporto, haver um elevado grau de eficiência, nomeadamente a nível da “otimização de processos” para que haja taxas aeroportuárias mais competitivas e captação de operações. “Eficiência também para permitir uma operação muito rápida e para as companhias permanecerem pouco tempo” no aeroporto, acrescentou o empresário, precisando que as companhias aéreas de baixo custo permanecem, em média, 25 minutos.

O presidente executivo da ANA notou como os “aeroportos têm que ser máquinas afinadas, e qualquer distorção introduz um efeito muito grande na operação”, sublinhando que não se pode “ter o tipo de situação” como problema no abastecimento de combustíveis de aeronaves, como se registou há cerca de duas semanas em Lisboa.

O responsável aproveitou ainda para notar o rácio registado na empresa que gere os aeroportos nacionais: “um milhão de passageiros para mil postos de trabalho”.