Proveitos no turismo crescem 33,5% em relação a junho de 2019, diz INE

Em junho de 2023, o setor do alojamento turístico registou 2,9 milhões de hóspedes (+7,1%) e 7,4 milhões de dormidas (+3,7%), correspondendo a 622,1 milhões de euros de proveitos totais (+14,0%) e 480,6 milhões de euros de proveitos de aposento (+15,5%). Os número, divulgados esta segunda-feira, 14 de agosto, pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, revelam que, comparando com junho de 2019, registaram-se aumentos de 33,5% nos proveitos totais e 35,5% nos relativos a aposento.

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 78,1 euros e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 123,1 euros (+11,6% e +11,7%, respetivamente). Em relação a junho de 2019, registaram-se aumentos de 25,8% e 26,1%, pela mesma ordem. Na AM Lisboa e no Norte, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu novos máximos históricos (152,6 euros e 113,0 euros, respetivamente), lê-se no site do INE.

Em junho, entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas, Albufeira continuou aquém dos níveis registados em 2019 (-10,2% no total; -26,6% nos residentes e -5,2% nos não residentes). Vila Nova de Gaia e o Porto destacaram-se, com crescimentos de 30,6% e 25,1%, respetivamente, face a 2019.

No primeiro semestre de 2023, segundo as estatísticas, as dormidas cresceram 18,8% (+7,7% nos residentes e +24,2% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 31,8% nos proveitos totais e 34,0% nos relativos a aposento (+38,3% e +41,7%, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019).

Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 14,5 milhões de hóspedes e 36,7 milhões de dormidas no primeiro semestre de 2023, correspondendo a crescimentos de 20,9% e 18,7%, respetivamente. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas aumentaram 11,0% (+11,6% nos residentes e +10,7% nos não residentes).

De acordo com os mesmos dados, é a primeira vez, desde o início da pandemia, que o número de dormidas (total e de não residentes) no primeiro semestre superou os níveis de 2019. Em termos regionais, apenas no Algarve se registaram decréscimos, quer nas dormidas de residentes (-3,1%) quer nas de não residentes (-0,3%).

Proveitos com crescimentos superiores a 30% no 1.º semestre de 2023

Os proveitos totais cresceram 14,0% (+25,9%, em maio), tendo atingido 622,1 milhões de euros, e os relativos a aposento aumentaram 15,5% (+29,5%, em maio), ascendendo a 480,6 milhões de euros. Comparando com junho de 2019, registaram-se aumentos de 33,5% nos proveitos totais e 35,5% nos relativos a aposento.

Os dados mais recentes do INE apontam ainda que, no primeiro semestre de 2023, os proveitos totais cresceram 31,8% e os relativos a aposento aumentaram 34,0%. Comparando com igual período de 2019, verificaram-se aumentos de 38,3% e 41,7%, respetivamente. Neste período, os proveitos atingiram 2,5 mil milhões de euros no total e os relativos a aposento ascenderam a 1,9 mil milhões de euros.

Em junho, a AM Lisboa concentrou 30,8% dos proveitos totais e 32,3% dos relativos a aposento, seguindo-se o Algarve (29,9% e 28,7%, respetivamente), o Norte (15,5% e 16,1%, pela mesma ordem) e a RA Madeira (9,5% e 8,7%, respetivamente).

Os maiores crescimentos ocorreram na RA Açores (+23,7% nos proveitos totais e +25,2% nos de aposento), no Norte (+22,4% e +23,7%, respetivamente), na AM Lisboa (+18,2% e +19,2%, pela mesma ordem) e no Centro (+16,9% em ambos). Face a junho de 2019, destacaram-se as evoluções na RA Açores (+57,6% nos proveitos totais e +58,7% nos de aposento), na RA Madeira (+51,3% e +67,9%, respetivamente), no Norte (+42,9% e +43,4%, pela mesma ordem) e no Alentejo (+38,9% e +47,3%, respetivamente).

No primeiro semestre de 2023, a RA Açores (+53,8% nos proveitos totais e +54,3% nos de aposento), a RA Madeira (+52,8% e +64,3%, respetivamente) e o Alentejo (+47,5% e +54,9%, pela mesma ordem) registaram os maiores crescimentos nos proveitos, face a igual período de 2019.

Em junho, registaram-se crescimentos dos proveitos nos três segmentos de alojamento. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (peso de 87,2% e 85,3% no total do alojamento turístico) aumentaram 13,1% e 14,5%, respetivamente. Face a junho de 2019, registaram-se crescimentos de 31,3% e 33,0%, pela mesma ordem.

Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 9,1% e 10,8%, respetivamente), registaram-se aumentos de 22,8% nos proveitos totais e 24,4% nos proveitos de aposento. Comparando com junho de 2019, observaram-se crescimentos de 40,4% e 43,2%, respetivamente.

No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,7% e 3,9%, respetivamente), os aumentos foram 14,8% e 14,9%, pela mesma ordem. Face a junho de 2019, registaram-se crescimentos mais expressivos, +85,2% e +83,5%, respetivamente.

Rendimento médio por quarto ocupado voltou a atingir máximos históricos na AM Lisboa e no Norte

As estatísticas revelam ainda que no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 78,1 euros em junho de 2023, tendo aumentado 11,6% face a igual mês do ano anterior (+24,1% em maio) e 25,8% em comparação com junho de 2019.

Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (116,7 euros) e no Algarve (88,1 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na RA Açores e no Norte (+19,0% e +16,6%, respetivamente).

Em junho, este indicador cresceu 12,5% na hotelaria (+25,2% em maio), 13,4% no alojamento local (+26,3% em maio) e 5,7% no turismo no espaço rural e de habitação (+12,5% em maio).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 123,1 euros em junho, +11,7% em relação ao mesmo mês de 2022 (+17,5% em maio) e +26,1% face a junho de 2019.

A AM Lisboa registou o valor mais elevado de ADR (152,6 euros), atingindo novo máximo histórico na região, em toda a série disponível. Segue-se o Algarve (130,9 euros) e o Alentejo (114,4 euros). No Norte registou-se, também, novo máximo histórico em toda a série disponível (113,0 euros).

Os acréscimos mais expressivos verificaram-se na RA Açores e na AM Lisboa (+16,3%, e +16,0%, respetivamente).

Em junho, o ADR cresceu 12,0% na hotelaria (+17,5% em maio), 13,8% no alojamento local (+22,0% em maio) e 4,7% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,8% em maio).

Dormidas em Albufeira diminuíram no 1.º semestre de 2023, principalmente de residentes

Em junho de 2023, registaram-se 2,9 milhões de hóspedes (+7,1%) e 7,4 milhões de dormidas (+3,7%) nos estabelecimentos de alojamento turístico. Do total de dormidas, 74,1% concentraram-se nos 23 principais municípios, aponta o INE.

O município de Lisboa concentrou 18,0% do total de dormidas em junho de 2023 (8,5% do total de dormidas de residentes e 21,9% de não residentes), atingindo 1,3 milhões de dormidas. Comparando com junho de 2019, as dormidas aumentaram 5,3% (-9,7% nos residentes e +8,2% nos não residentes).

Albufeira manteve-se na 2a posição (peso de 12,2%), tendo registado 907,8 mil dormidas, e continuou a não atingir os níveis registados em 2019 (-10,2% no total; -26,6% nos residentes e -5,2% nos não residentes).

No Porto, registaram-se 536,4 mil dormidas (7,2% do total), um acréscimo de 25,1% face a junho de 2019 (+31,7% nos residentes e +23,9% nos não residentes).

No Funchal, registaram-se 532,3 mil dormidas (quota de 7,1%), tendo aumentado 17,2% (+54,9% nos residentes e +12,3% nos não residentes) face a junho de 2019.

De entre os principais municípios, destacaram-se ainda as evoluções registadas em Vila Nova de Gaia (+30,6%) e em Matosinhos (+14,1%) em junho, face ao mesmo mês de 2019.

No primeiro semestre de 2023, face a igual período de 2019 e entre os principais municípios, o Porto destacou- se com um crescimento de 29,4% (+19,8% nos residentes e +31,6% nos não residentes), seguindo-se Vila Nova de Gaia (+29,3%; +21,3% nos residentes e +35,5% nos não residentes). Em sentido contrário, os maiores decréscimos registaram-se em Vila Real de Santo António (-13,7%; -7,6% nos residentes e -16,1% nos não residentes) e Albufeira (-8,5%; -17,1% nos residentes e -6,7% nos não residentes).