A “Agenda Acelerar e Transformar o Turismo”, promovida por um consórcio empresarial e académico, dinamizado conjuntamente pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), pelo Turismo de Portugal e pelo NEST – Centro de Inovação do Turismo, foi um dos 51 projetos selecionados por vários peritos nacionais e internacionais no âmbito das Agendas Mobilizadoras para a inovação empresarial do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Promovida por um consórcio de 44 entidades, entre empresas do Ecossistema do Turismo, em cooperação com Entidades Não Empresariais do Sistema de Investigação e Inovação; parceiros técnicos e tecnológicos; Entidades da Administração Pública Regional e Central, a “Agenda Acelerar e Transformar o Turismo” prevê um “investimento de 151 milhões de euros num conjunto de projetos de inovação transformadores” com particular destaque no “plano da digitalização e da transição climática”, apresentando-se como um projeto cujo impacto no “Plano da Inovação e Transição climática no Turismo nacional é essencial para o cumprimento das metas do Plano Reativar o Turismo e para que a atividade turística possa enfrentar os desafios do atual contexto altamente competitivo no pós pandemia”, afirma a CTP, num comunicado.
Pretende-se, com esta Agenda, contribuir para a “alteração do perfil de especialização na área do Turismo e na economia portuguesa em geral”; “dotar as empresas de maior capacidade tecnológica e de inovação, permitindo também uma requalificação e especialização dos recursos humanos e a redução das emissões de CO2, tendo em conta a transição climática necessária”. Tal como indica a CTP, os investimentos desta Agenda estão focados no Turista, para “dar resposta ao quadro competitivo entre destinos turísticos”, o que implica um “novo padrão de oferta em toda a jornada do turista, para chegar a um patamar mais exímio na eficiência e na proposta de valor adequada para os novos padrões de consumo e de sustentabilidade” .
De acordo com Francisco Calheiros, presidente da CTP, “fortemente impactado pela pandemia, o Turismo, maior cluster exportador do país, mobilizou um conjunto de empresas que incluem uma grande parte dos seus setores – alojamento, aeroportos, rent-a-car, transportes, animação turística, termas, cultura e património – e entidades com responsabilidades na gestão do território e da promoção e comunicação do destino Turístico que, em conjunto com parceiros técnicos e tecnológicos e em associação com diversas ENESII se propõem investir 151 milhões de euros nas áreas da inovação, digitalização e transição climática, temas chave onde o Turismo quer ser um parceiro essencial no desenvolvimento do País, sendo a atividade turística motor da economia nacional”.
A definição da “Agenda Acelerar e Transformar o Turismo” foi um processo que se iniciou em junho de 2021. “Vai agora desenrolar-se um processo de negociação e contratação de cujo sucesso no plano dos apoios dependerá a concretização desta Agenda essencial para a transformação da atividade turística e para a economia portuguesa”, refere a CTP, no mesmo comunicado. Por inerência dos projetos da Agenda do Turismo, “o tecido empresarial terá aumentos da produtividade e competitividade através da inovação e introdução de tecnologia nas operações”, com a consequente “qualificação dos recursos humanos” e pelo “aumento da geração de valor” através do “conhecimento do turista, da eficiência energética e do uso de recursos com práticas sustentáveis”, precisa o comunicado.
“A CTP agradece a todos os intervenientes no consórcio a disponibilidade para participar e investir, provando que o Turismo tem capacidade para inovar e liderar também no plano da transição climática, da digitalização e da inovação, confirmando mais uma vez o seu papel de motor do crescimento da economia e do emprego“, afirma Francisco Calheiros, acreditando que “com o reforço dos apoios públicos anunciados de 930 milhões de euros para 3.000 milhões de euros estão criadas as condições para dar resposta aos projetos de investimento apresentados pelo Turismo”.