Em vésperas de deixar a presidência da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, Vítor Silva abordou a criação das Entidades Regionais de Turismo (ERTs) e as Agências Regionais de Promoção Turística (ARPTs) no território nacional e o seu futuro. Relembra o empresário que iniciou a sua atividade no turismo em final de 2003, sendo que a ARPT do Alentejo foi fundada em 2004, da qual fez sempre parte: “Vim como presidente da Região de Turismo da Planície Dourada, quando havia um mosaico de regiões de turismo, ultrapassado em 2008, reformulado em 2013, com a criação das Entidades Regionais, sendo que ainda tive uma breve passagem, recentemente, pela presidência da Entidade Regional do Alentejo”.
Em declarações a Ambitur.pt, à margem da FITUR – Feira de Turismo de Madrid, considera que um dos fatores que mais contribuiu para a organização do turismo nacional e para o seu êxito foi a criação das ERTs e das ARPTs. Justifica que “desta forma ganhou-se massa crítica que não havia anteriormente e trouxeram-se os empresários para a primeira linha da decisão e promoção”. Indica o entrevistado que “sempre pugnámos para que as ARPTs tivessem uma filosofia de associação empresarial, sendo uma parceria público-privado, de direito privado”. Por outro lado, indica Vítor Silva, que é um grande defensor que as duas entidades devem ter autonomia, “não vejo necessidade de mexer na Lei que regula as ARPTs, quanto às ERTs como sabemos o atual secretário de Estado do Turismo iniciou um processo de discussão à Lei 33”. Neste contexto indica o entrevistado que “as ERTs devem ter mais competências, deve haver uma maior descentralização, entendendo que o Turismo de Portugal e a secretaria de Estado do Turismo queiram e precisem de ter um controlo sobre o que se está a fazer. As estratégias têm de estar alinhadas com as linhas gerais do país. Isso é um diálogo que tem de ser estabelecido entre a tutela e as ERTs”.
Finaliza o responsável indicando que “quando a ARPT começou tínhamos pouco mais de 200 mil dormidas no território, fecharemos 2024 com 1,2 milhões de dormidas de estrangeiro”.
Por Pedro Chenrim, na Fitur.