Reabilitação da Frente Ribeirinha Central é um “velho sonho da cidade” de Lisboa

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Associação Turismo de Lisboa (ATL) já apresentaram o projeto de  reabilitação da Frente Ribeirinha Central.

Trata-se de uma “devolução de mais uma parte importante do Tejo aos lisboetas e à cidade de Lisboa”, sublinhou Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, na sua intervenção na apresentação oficial do projeto que decorreu esta quarta-feira, em Lisboa. O projeto, que abarca o troço entre o Terreiro do Paço e o Terminal de Cruzeiros, “é hoje uma zona que está sem usufruto público, pouco qualificada”, afirma, acrescentando que “são vários os projetos a ser desenvolvidos em  simultâneo”.

O autarca declarou ainda ser um “velho sonho da cidade” que, durante muitas décadas, viveu de “costas para o rio”, sendo este um “esforço contínuo e sistemático de recuperação” desta ligação. Após o fim da obra, a “fruição entre a cidade e o rio” aparecerá “totalmente renovada, requalificada e devolvida às pessoas” graças a uma “extraordinária zona marginal que vai desde o Cais do Sodré até à estação Santa Apolónia”.

Sublinhando o “carácter emblemático” do projeto, Fernando Medina diz que a obra “envolve muitas peças”, decorrendo num “local central” como são “as imediações entre o Terreiro do Paço, o Cabo das Cebolas e o Terminal de Cruzeiros”. No entanto, a concretização deste projeto leva o presidente da CML a sublinhar que “houve visão e ambição da cidade” para que tal fosse possível. Nesta linha, o autarca destaca a “visão” de tantos outros que “acreditaram e compreenderam que a cidade precisava de recursos financeiros” para haver “investimento nas obras”, assegurando a “sustentabilidade do seu desenvolvimento”.

Fernando Medina destaca a criação da Taxa Turística como uma das “decisões mais estratégicas tomadas nos últimos anos”, sendo única e exclusivamente “afeta a um fundo de desenvolvimento turístico” que permita a “recuperação do nosso património” e a “sustentabilidade do desenvolvimento da cidade”. “Este é o melhor investimento que podemos fazer”, sustenta, considerando que o esforço “valeu a pena”. Em jeito de conclusão, Medina deixou uma mensagem “a todos aqueles que dizem que se trata apenas de um investimento turístico” quando na verdade vai “responder às várias centenas de pessoas que todos os dias precisam de entrar em Lisboa”, destacando ser uma obra “concreta” num “trabalho conjunto”.