#Realidadedasempresas: “A combinação menos quantidade por menor valor será seguramente funesta”

Numa altura em que muitas empresas, hotéis e restaurantes começam a preparar a reabertura e a retoma da atividade, Ambitur.pt quis saber quais os planos que têm para esta “nova normalidade” e quais as maiores dificuldades que terão de enfrentar.

António Paínha, diretor comercial dos Dom Carlos Hotéis, afiança que a atual severidade da situação sanitária “impede-nos de traçar planos de futuro rigorosos” mas “temos a intenção de reiniciar com maior ou menor amplitude a operação no início de julho”.

O responsável admite que estando o turismo na linha da frente dos setores mais afetados, a nível nacional “foram tomadas medidas e decisões positivas que a urgência reclamava”. Destaca aqui o selo Clean & Safe, o qual tanto o Dom Carlos Park como o Dom Carlos Liberty já possuem. Daqui para a frente, “a tutela terá que manter e reforçar os apoios já concedidos sob pena de se colocar em causa a sobrevivência do setor”, recorda. E acrescenta: “Suspensão de taxas e emolumentos como estímulo ao reerguer da atividade turística podem representar algum esforço momentâneo mas as recompensas futuras serão por certo mais substanciais”.

A preocupação, neste momento, nesta cadeia hoteleira, é seguir as diretivas e recomendações das entidades oficiais e associativas, cruzando-as também com outras experiências nacionais e externas, tudo para “garantir a quem vier a utilizar os nossos serviços que o pode fazer em completa segurança”, frisa António Paínha. E garante que “não podemos, nem vamos, facilitar minimamente em termos de limpeza e segurança para que o nosso hóspede desfrute sem preocupações do nosso bem maior: um sono tranquilo e reconfortante”.

Para que tudo corra sem problemas, os Dom Carlos Hotéis irão manter uma atitude atenta e proativa em relação às tendências, bem como “esforçarmo-nos por encontrar uma fórmula eficaz que resolva a equação de como fazer face a despesas acrescidas com as obrigações subjacentes do plano de contingência, perspetivando-se, em contrapartida, uma contração acentuada das receitas, designadamente originada pela débacle das ocupações”.

António Paínha não hesita em lembrar que “esperemos que impere o bom senso e cabeça fria dos hoteleiros, designadamente no papel dos arautos das ocupações miríficas, esperando que os mesmos tenham consciência de que, nesta fase, quem se predispõe e tem condições para fazer o que gosta, viajar, não terá o preço no topo das suas preocupações, e que a combinação menos quantidade por menor valor será seguramente funesta”.