Regiões turísticas otimistas para a época alta face ao crescimento da ocupação

O otimismo domina as perspetivas para a época alta nas regiões turísticas do Porto, Lisboa, Madeira, Algarve e Açores, onde o crescimento do setor faz prever elevadas taxas de ocupação e até mesmo alguns novos recordes.

Depois do crescimento “acima da média” nos primeiros meses do ano – no número de dormidas, visitantes e proveitos totais -, o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal disse à Lusa estar “bastante otimista” neste início de verão.  Melchior Moreira prevê que, para a região, este verão que agora se inicia obtenha “os melhores resultados de sempre”.

Na Madeira, 2015 foi um “ano recorde” e “tudo se conjuga para ter um bom ano” no setor em 2016. O secretário regional do Turismo, Eduardo Jesus, apontou que este ano, até abril, o número acumulado de turistas ultrapassava os 321 mil, o que representa um acréscimo de 12,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior e uma ocupação hoteleira média de 70%. Para a época alta, a ilha do Porto Santo “está cheia” e existem “situações de ‘overbooking’ na Madeira”, pelo que será “um verão completo para a região, com grande procura de variados mercados”, indicou.

Segundo o presidente da Região de Turismo do Algarve, face à procura que continua a registar-se e à pouca oferta ainda disponível, prevê-se uma ocupação de 100% em julho e agosto, embora os sinais de que 2016 iria ser um bom ano turístico tenham começado a sentir-se no final de 2015, altura em que os operadores dos principais mercados emissores “estavam com uma atividade superior ao habitual”. Desidério Silva sublinhou que, entre janeiro e maio, o Algarve teve taxas de ocupação mais elevadas do que nos últimos anos, que atingiram um pico em maio, com 71% de ocupação, o que faz deste o “melhor mês de maio dos últimos 15 anos”, números que representam hoje mais dormidas, já que, na altura, não havia o atual número de camas.
Os bons indicadores deverão prolongar-se para lá do verão, devido às reservas feitas para o mês de outubro e que permitem estimar uma taxa de ocupação superior a 80%, acrescentou o responsável, observando que isso fará com que algumas unidades hoteleiras não fechem portas no inverno ou, pelo menos, não encerrem logo em outubro.
Também a Associação de Turismo de Lisboa está “bastante otimista” com a época alta e espera “consolidar a região de Lisboa como o primeiro destino nacional em termos de turistas internacionais e de receitas”, disse o presidente, Vítor Costa. Segundo o responsável, “o reforço de alguns mercados, especialmente europeus, tem compensado largamente o abrandamento verificado em mercados relevantes como o brasileiro”.

Nos Açores, o secretário regional do Turismo, Vítor Fraga, afirmou que o balanço do primeiro semestre do ano é “positivo”.”Temos tido um bom desempenho naquilo que são os principais indicadores do setor”, declarou, destacando que a região cresce “três vezes e meia mais do que a média nacional” em dormidas e proveitos.

Sobre as perspetivas relativamente à época alta, Vítor Fraga disse que vai ser “mais um ano de trabalho muito intenso com vista à sustentabilidade do setor”.