Regresso da Air Malta a Portugal “excedeu todas as expectativas”

Após uma ausência de mais de 10 anos, a Air Malta está de regresso a Portugal. A Ambitur esteve à conversa com Paul Sies, chief charmain officer da Air Malta, e com Gavin Gulia, chairman da Autoridade de Turismo do país, que se mostraram “muito entusiasmados por voltar a Lisboa”, como afirmou Paul Sies.

A transportadora aérea considerou que havia potencial de crescimento no mercado português. O responsável da Air Malta garante: “Estamos no segundo mês de operação e já excedeu todas as expectativas”. “Viemos para voar duas vezes por semana, durante o verão. Entretanto, decidimos trabalhar também no inverno. No próximo ano iremos duplicar os voos, para quatro por semana”, acrescenta o chief charmain officer.

Sobre uma possível rota para o Porto, a Air Malta não revela qualquer interesse em voar até à Invicta. “A Ryanair [presente em Malta] está a fazê-lo com sucesso” e Paul Sies refere não ser objetivo da Air Malta “destruir” a operação da concorrente. A partir de julho, será até possível agendar voos da Air Malta no site da Ryanair.

O desafio de conhecer Malta
Para as suas operações, a companhia conta com um valioso parceiro. Gavin Gulia, chairman da Autoridade de Turismo de Malta (MTA em inglês), argumenta que a “conetividade é a chave” e que, por isso, a MTA tem procurado formar uma aliança com as companhias aéreas, para que tragam mais viajantes até Malta. O chairman avança que a ilha fechou o ano de 2017 com 2.3 milhões de turistas e que espera chegar aos 2.5 milhões, até ao final do ano.

A MTA tem-se esforçado por colocar a ilha no “mapa” internacional, fruto também de uma mudança de visão, como lhe chama Gavin Gulia. A entidade tem apostado mais na internet e está menos dependente dos operadores turísticos, o que considera ser um “importante mix”. Além disso, Malta tem criado todo o tipo de eventos de forma a atrair mais turistas.

Para Paul Sies o maior desafio é “fazer do destino Malta conhecido pelo que realmente é. Somos uma ilha pequena mas com muito para ver”, além das praias. O charmain da MTA diz que o país prima pela segurança, tem uma cultura e história por desvendar, diversos eventos e que tanto o turismo religioso como o LGBT encontram espaço na ilha. O convite que deixam aos agentes de viagens e operadores turísticos é que “venham e experimentem umas férias diferentes”.