Reguengos de Monsaraz analisa potenciais investimentos (fotogaleria)

O Concelho de Reguengos de Monsaraz tem despertado a atenção de investidores ao nível do vinho e do turismo. No âmbito da Conferência Internacional da Vinha e do Vinho, João Gabriel Calixto, presidente da Câmara Municipal, confirmou a ambitur.pt a inauguração, ainda este ano, de um investimento de 14 milhões de euros, num projeto que envolve 40 unidades de alojamento, e que existem outros investimentos a serem analisados para a região.

De acordo com o responsável, “na vertente turística, temos projetos em curso. Será inaugurado, em Dezembro, o hotel S. Lourenço do Barrocal, que é um exemplo de um investimento concreto na ordem dos 14 milhões de euros, sendo um projeto de Souto Moura, que está finalizado”. Relativamente ao futuro “temos interesse de vários investidores, de vários países, com projetos a serem debatidos na câmara face aos regulamentos e planos de ocupação do território e suas restrições, porque estamos em ambiente por vezes muito condicionados pelas reservas de vários tipos, seja ecológicas ou agrícolas”. Especificando, “estamos nessa matéria com três ou quatro projetos com interessados concretos, que resultaram de transações recentes, que têm novos investidores. Nessa medida temos aqui algumas expetativas, sendo que preferimos falar de coisas concretas, mas o ambiente é forte e propício a investimento, até porque a taxa de ocupação da região é muito elevada”.

O presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, que participou na sessão de abertura da Conferência Internacional da Vinha e do Vinho, que decorreu nos últimos dois dias no Auditório Municipal, deixou na ocasião uma mensagem de satisfação pela forma como o título de “Cidade Europeia do Vinho 2015” está a ser uma mais-valia para a região. Sendo que esta foi uma mensagem de agradecimento a 120 parceiros que a Cidade Europeia do Vinho tem, assim como aos produtores do Concelho de Reguengos, pelo empenho da comunidade na criação de notoriedade de um território.

Acrescentou José Gabriel Calixto que “esta iniciativa, que trouxe um conjunto de ações, no âmbito da Cidade Europeia do Vinho de 2015, contou com duas grandes áreas de intervenção. Por um lado, a promoção do território acolhendo eventos, grupos específicos, porque consideramos que este território, a sua monumentalidade, biodiversidade, o Lago Alqueva, a cultura do seu povo, tudo isso são fatores que ajudam a vender o vinho, a contextualizá-lo”. Por outro lado “a diplomacia económica, todas as ações que fizemos junto das embaixadas, comunidades portuguesas no estrangeiro, de consolados, no sentido de alargar a outros mercados os horizontes dos vinhos de Reguengos que atingem já 50 países, pelo menos dos grandes produtores”.

Para o responsável “já temos alguns resultados, relativamente ao que é que tudo isto até agora deu, sendo que, para já, se regista um crescimento muito substancial dos visitantes ao nosso território, superior a 20%, até agosto, face ao período homólogo, que permitiu um crescimento exponencial no setor de enoturismo da região e uma colocação de vinhos em mercados que não existiam para os Vinhos de Reguengos”.

Ainda de acordo com o presidente da Câmara, “apesar de todo este trabalho ser de semente, que se vai refletir no futuro certamente, este ano temos alguns resultados concretos e já palpáveis”.

Relativamente à Conferência, e aos desafios que ficam para os setores do vinho e turismo, José Gabriel Calixto destaca que “no meu território ficam alguns desafios ao nível do Enoturismo e ao nível da capacidade de receber bem quem nos visita. Considero que a sub-região vitivinícola de Reguengos, que é mais que o Concelho de Reguengos, tem uma grande capacidade técnica e organizativa em termos da produção da enologia da criação de marcas, da diversificação das mesmas, e da criação de valor destas. Talvez tenhamos que dar um passo mais transversal a todos os produtores, em termos da forma de receber. Nessa matéria esta Conferência teve intervenções muito significativas”.

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