Onde dormiram os turistas nos Açores? Que experiência nunca esquecerão e quais aquelas que preferiam esquecer? Quem são e a que aspiram? As respostas foram ontem divulgadas pelo Governo Regional dos Açores, na Bolsa de Turismo de Lisboa, cujas conclusões resultaram do estudo “Destino Açores: Quem é o Turista e o que diz de nós”.
Globalmente, a reputação dos Açores registou um ligeiro crescimento de 0,5% de 87,5% em 2015 para 88% em 2016. Os valores GRI mais baixos foram registados em junho (87,4%), julho (86,8%) e agosto (86,9%). Já os mais elevados ocorreram nos meses de época média e baixa: em março (88,5%), outubro (88,5%) e novembro (89,1%).
Relativamente ao património cultural, a variedade de conteúdos, interesse do tema e a interpretação foram os atributos mais visados nas publicações na rede dos visitantes. E, se o estado de conservação e a quantidade de conteúdos foram os atributos melhor avaliados, a mediação entre os conteúdos e o visitante foi o pior classificado.
Por sua vez, na oferta natural, a vista, a envolvente e os conteúdos dos espaços foram os mais mencionados. A eles acrescem o staff, a limpeza e a consciência ambiental dos conteúdos, que registaram a maior percentagem de menções positivas, ao contrário do domínio da língua estrangeira pelos recursos humanos.
Os meios humanos envolvidos na experiência de animação turística concentram 50% das menções a atributos, seguido dos procedimentos e segurança. As competências técnicas, a segurança e a relevância das atividades são os atributos que maior percentagem de menções positivas recebem. No lado oposto, a comunicação prévia ao serviço, o preço e a consciência ambiental são os atributos com maior peso de menções negativas.
Quanto à performance da restauração, os atributos mais observados foram a comida (44.43%), o serviço e staff (15.92%) e as instalações do restaurante (14.62%). Os atributos melhor avaliados foram a localização (94%), o staff (92%)positivas) e a bebida (91%). Com uma maior percentagem de menções negativas estão a limpeza, a segurança e os lavabos.
Sobre o alojamento, os aspetos mais comentados foram a alimentação e bebidas (18.27%), as instalações (17.96%) e a unidade (15.61%). Sendo que, entre as menções positivas dos hóspedes ficaram o staff (95%), a localização (94%) e as instalações (89%). Com pior performance encontram-se a tecnologia ao dispor do cliente, a segurança e as instalações sanitárias das unidades.
Em 2016, as ilhas com melhores valores em alojamento foram o Pico (89.4%), o Faial (85.8%) e São Miguel (85.6%). Melhor classificados ficaram os espaços de turismo rural e o turismo de habitação (92%), seguidos do alojamento local (88%).
Os turistas dos Açores são abertos à experiência
Mas se motivos para visitar os Açores não faltam, quer seja pelos cenários deslumbrantes, com lagoas, cascatas naturais e uma grande diversidade de flora, ou ainda alguns dos produtos regionais, a pergunta que se impõe é: afinal, quem são os turistas e o que os motiva a visitarem a ilha?
70,96% dos perfis em análise foram enquadrados em três de 16 tipos de personalidade: “The Strategist” (26.01%), “The Examiner” (25.76%) e “The Engineer” (19.19%).