Reunião de ministros do Turismo: SET defende que UE deve apoiar “novo” Turismo

A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, destacou hoje a importância de Estados-Membros, Comissão Europeia e de outras instituições da União Europeia trabalharem juntos num plano ambicioso de recuperação europeu, num “espírito de inabalável solidariedade” para mitigar as consequências da pandemia Covid-19.

Na reunião de ministros e secretários de Estado do Turismo da União Europeia, por videoconferência, a governante sublinhou que, não obstante os Governos estarem a implementar os seus planos de recuperação para o setor do Turismo, é manifestamente importante que o façam de forma coordenada, com a ajuda da UE.

“Temos uma responsabilidade coletiva de mobilizar todas as ferramentas para responder às necessidades do setor”, disse a governante, que garantiu que a União Europeia deve reforçar os seus apoios para que seja garantido o “‘novo’ Turismo, que tem de ser mais inovador, sustentável e coeso, em linha com o Green Deal Europeu e com a Agenda Digital”.

Para a consolidação do setor turístico como indústria líder a nível mundial, as respostas europeias terão também de abranger atividades indiretamente relacionadas como transportes, imobiliário, comunicação social, cultura e ambiente.

Portugal defendeu, assim, uma estratégia de recuperação de médio prazo com ações concretas e um envelope financeiro, que deverá incluir um programa para reativação do transporte aéreo.

Rita Marques afirmou também ser essencial a troca de informação entre Estados Membros e a Comissão Europeia e que os fundos sejam plurianuais para apoiar os investimentos necessários.

A secretária de Estado afirmou ter sido possível “lançar uma Declaração Conjunta de Ministros do Turismo subscrita pela Bulgária, Chipre, Espanha, Grécia, Itália, Malta e Portugal, que:

(i) reforça a necessidade de a UE dedicar ao Turismo um pacote de ajuda financeira robusto;

(ii) defende uma atenção especial para as regiões e territórios economicamente mais afetados pela Pandemia,

(iii) estimula a mobilidade intraeuropeia apoiando as companhias aéreas e a definição de medidas sanitárias e de segurança comuns”.

Em linha com a posição portuguesa, os governantes europeus notaram que a recuperação do Turismo europeu deve pautar-se pela sustentabilidade económica e social através da inovação e da digitalização em que a Agenda Digital assume particular relevância, e da sustentabilidade ambiental através de uma economia mais limpa e circular, como é preconizado no European Green Deal.