#REVIVE: A mística do Forte da Ínsua “resgatada” pelo Grupo Diver

Portugal apresenta um património imobiliário público que diz muito acerca da identidade histórica, cultural e social do país. Foi com o objetivo de valorizar e dar a conhecer este ativo presente em todo o território nacional que o Governo criou o Programa REVIVE, abrindo o património ao investimento privado para o desenvolvimento de projetos turísticos. Imóveis abandonados e, muitas vezes, em ruínas ganham assim um novo propósito, funcionando como âncoras de atração às regiões, gerando riqueza e postos de trabalho. Ambitur falou com vários empresários que estão hoje a desenvolver alguns desses projetos. É o caso do Grupo Diver, a quem foi atribuída a concessão do Forte da Ínsua.

Hercílio Costa

Foi o sonho antigo de Jorge Vieira, fundador do Grupo Diver, que desde jovem passava férias em Caminha e Moledo, imaginando o que poderia ser feito no Forte da Ínsua, que o levou a concorrer a este imóvel no REVIVE. Hercílio Costa, diretor de Marketing do grupo, sublinha que o Forte da Ínsua “reveste-se de uma mística inigualável e de condições excecionais para criar todo um enredo diferenciador em volta do turismo de natureza e aventura”, acrescentando que “tendo o Grupo Diver as suas bases ligadas ao turismo de natureza e aventura, fazia todo o sentido agarrar esta excelente oportunidade”. O projeto do Forte da Ínsua está neste momento em fase de licenciamento e a obra deverá ficar concluída em 2024. Neste Forte nascerá um hotel de experiências em que a diferenciação começa pela viagem de barco até ao hotel. Serão ainda criadas atividades ligadas à gastronomia regional tradicional, bem como aos desportos de aventura e náuticos.

[blockquote style=”1″]O projeto do Forte da Ínsua está neste momento em fase de licenciamento e a obra deverá ficar concluída em 2024. Neste Forte nascerá um hotel de experiências em que a diferenciação começa pela viagem de barco até ao hotel.[/blockquote]

O responsável lembra ainda que a história deste imóvel é muito curiosa, pela convivência entre monges e militares. “E essa a história que pretendemos manter viva”, frisa. Como? Mantendo as características arquitetónicas do espaço e disponibilizando atividades que recriam as épocas por que o Forte passou.

Os desafios também não foram simples. A começar pelo facto de a construção de um hotel numa ilha no mar trazer sempre questões, como o fornecimento de água potável e luz, o tratamento de esgotos ou a operação logística, nomeadamente a nível do transporte. Nada que não estejam preparados para resolver.

[blockquote style=”1″]A economia local está já a ganhar com a nossa capacidade de atrair turismo para visitas históricas ao forte ou para participar no Escape Room que já temos em funcionamento no local”[/blockquote]

E o ânimo também está presente na hora de analisar outras situações que possam proporcionar novas experiências aos clientes, pelo que o Grupo Diver garante estar atento a outros imóveis que possam ser colocados a concurso pelo REVIVE. Hercílio Costa assegura que o que levou a empresa até ao programa “foi a nossa busca constante por desafios que nos permitam criar experiências diferenciadoras para os nossos clientes”. E explica que em todos os projetos do grupo existe uma preocupação de envolver as comunidades locais, contribuindo para a empregabilidade local mas também para a dinamização de outros negócios com acordos de fornecimento ou de parceria. “A economia local está já a ganhar com a nossa capacidade de atrair turismo para visitas históricas ao forte ou para participar no Escape Room que já temos em funcionamento no local”, frisa ainda.

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