Rita Marques: “É tempo de agir” pois o Turismo será decisivo para acelerar a recuperação económica europeia

A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, fechou hoje o Fórum Internacional: Educação, Emprego e Formação no setor do Turismo, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, apelando que “é tempo de agir” numa Europa mais coordenada e para a qual o setor do turismo terá um papel crucial na recuperação económica. 

Portugal assume a presidência da UE num “momento extremamente difícil”, em plena pandemia de Covid-19, sendo a sua principal missão “trabalhar para fortalecer a resiliência europeia” assente em cinco prioridades chave – alcançar uma Europa “mais resiliente, verde, digital, social e global”, comunicou a secretária de Estado do Turismo. O plano passa então pela implementação de medidas para uma “robusta recuperação da economia europeia” e que respondam à “dimensão humana e social desta crise, de forma flexível, ágil e inclusiva”.

Rita Marques afirma que “estamos agora a enfrentar um novo lockdown” e a “lutar fortemente para conter a pandemia na Europa e no Mundo”, pelo que a UE deve “melhorar a sua articulação de forma a evitar certas decisões sobre o controlo de fronteiras e quarentenas” e para “harmonizar o reconhecimento de testes e tirar partido dos benefícios do processo, já iniciado, de vacinação”. A responsável pela pasta do Turismo diz ainda acreditar que uma “profunda e efetiva coordenação na UE traria clareza a todos os stakeholders e cidadãos e promoveria confiança nos consumidores”.

Em conclusão, os “principais esforços” da Presidência Portuguesa serão assentes na “coesão e numa melhor comunicação”, além da promoção do “uso massivo da tecnologia para manter a segurança” e, a médio prazo, “aumentar a educação e formação para um novo e diferente, melhor, futuro” pós-pandemia.

“Temos a oportunidade de repensar e fortalecer a nossa abordagem estratégica à educação e formação no turismo”

A SET considera que “o ecossistema turístico terá um papel principal na aceleração da recuperação económica europeia” pelo que a recuperação da indústria do turismo “deverá, necessariamente, ser financeiramente suportada” dada a “séria situação de grande perda de empregos” no setor. Rita Marques defende, então, que se deve criar condições para que o NextGenerationEU “possa estar do lado do turismo” assim como das empresas do setor, ajudando-as a “manter empregos e competitividade”.

Outra questão é a “necessidade de olhar para a qualificação no turismo” até porque “não existe bom turismo sem bons profissionais”, assegura. É “crucial” aumentar a formação no setor para uma economia digital sendo esta a única forma, segundo Rita Marques, de “permitir a transformação digital das empresas e perspetivas de uma longa carreira” aos seus profissionais.

A responsável considera que “agora temos a oportunidade de repensar e fortalecer a nossa abordagem estratégica à educação e formação no turismo” e que “os fundos europeus para este propósito são essenciais”. Conclui que “temos uma real oportunidade de reinventar o setor do turismo do amanhã” e deixa o apelo: “É tempo de agir.”