Rota das Carmelitas deverá estar concluída em maio

A integração da Rota das Carmelitas, que liga o Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, ao Santuário de Fátima, deverá iniciar-se a partir de maio de 2018. O anúncio foi feito ontem, no primeiro dia da Bolsa de Turismo de Lisboa, na FIL, pela Agência dos Castelos e Muralhas Medievais do Mondego (ADCMMM), a quem coube o traçado de diferentes percursos naquele território.

Ivânia Monteiro, coordenadora técnica da ADCMMM

Ivânia Monteiro, coordenadora técnica da ADCMMM, explicou que a Rota das Carmelitas, integrada no projeto nacional Caminhos de Fátima, é “uma rota da espiritualidade”, dividida em seis etapas. São 111 quilómetros, pedestres e cicláveis, que atravessam Coimbra, Condeixa-a-Nova, Penela, Ansião, Alvaiazere e Ourém. O objetivo, referiu, é que a rota seja também “uma proposta de fruição natural e cultural”.

O presidente da ADCMMM, Luís Matias, considera que foi pelo envolvimento de “pessoas muito comprometidas com o projeto em cada uma das câmaras” que se conseguiram os resultados que permitiram a realização do projeto. A iniciativa foi cofinanciada ao abrigo de fundos comunitários do programa Centro 2020.

Luís Matias aproveitou ainda a ocasião para deixar uma nota à secretária de Estado do Turismo: a ADCMMM está já a preparar a Rota Carmelita 2.0. “Espero que o [programa] Valorizar tenha nessa gaveta um espaço para poder acomodar este novo projeto que estamos já a preparar”, afirmou.

Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, e Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, estiveram lado a lado na apresentação.

Ana Mendes Godinho realçou, por seu turno, que o Valorizar tem sido a sua “grande paixão”, embora não esconda que “não tem sido fácil arranjar fundos”. Superando as mais ambiciosas expetativas, a secretária de Estado do Turismo não tem dúvidas de que, hoje “o Valorizar só é vítima do seu próprio sucesso” pela “dinâmica de produtos que acontecem no território”.

Também presente, o presidente do Turismo Centro de Portugal sublinhou, uma vez mais, a importância do turismo religioso para a criação dos produtos turísticos complementares àquilo que é a oferta tradicional. Pedro Machado congratulou-se pelo projeto e disse ter a “firme certeza” de que o trabalho que está a ser feito “contribui para os resultados extraordinários que o nosso país e também a nossa região [Centro] alcançaram em 2017”.

*Fotos do Turismo Centro de Portugal