A Ryanair emitiu hoje um comunicado informando que foi forçada a cancelar 700 voos e três rotas para Lisboa (para Tours, Oujda e Bari) este inverno devido à política de “açambarcamento” de slots da TAP (os quais indica que a companhia não usa) no Aeroporto da Portela. A low cost sublinha que este “bloqueio de slots” a impediu de obter slots suficientes para o esperado crescimento de novas rotas. E diz ainda que o plano da TAP de reduzir a sua frota em 20% significa que simplesmente não consegu usar todos os slots que detém.
A Ryanair frisa que os voos cancelados vão prejudicar a conectividade de Lisboa e a recuperação pós-Covid. E pede ao Governo português e à Comissão Europeia que intervenham para pôr fim ao “bloqueio de slots anti-concorrência”, libertando a capacidade não usada no Aeroporto da Portela e abrindo o Aeroporto do Montijo para permitir que as companhias aéreas possam crescer. “É essencial que as infraestruturas nacionais essenciais de Portugal sejam usadas para apoiar a economia global e não abusadas para proteger uma companhia aérea zombie e ineficaz, na qual o Governo português já gastou três mil milhões de euros do dinheiro dos contribuintes”, acusa a low cost, na mesma nota.
A Ryanair afirma que vai manter as suas sete aeronaves e tripulação em Lisboa este inverno para garantir que está pronta para retomar todos os voos se forem libertados slots suficientes.