A Ryanair apelou hoje para a ANA reduzir as suas taxas nos aeroportos portugueses e oferecer custos competitivos. De acordo com a low-cost, que realizou hoje uma conferência de imprensa em Lisboa, “a decisão monopolista da ANA de aumentar as taxas aeroportuárias em até 17% a partir de janeiro de 2024 prejudicou o crescimento português, pois a Ryanair foi forçada a fechar a sua base em Ponta Delgada e reduzir a sua base na Madeira em 50% no verão de 2024, com risco de encerramento permanente da base”.
Para a companhia aérea, estes aumentos surgem numa altura em que, diz, a maioria dos aeroportos europeus estão a reduzir as taxas para recuperar o tráfego pré-covid e incentivar o crescimento.
Além disso, a Ryanair apelou ao Governo português para expandir imediatamente a capacidade do Aeroporto da Portela, antes da construção do aeroporto do Alcochete, que não estará pronto antes de 2031, no mínimo. E afirma que o limite artificial de passageiros na Portela impede o crescimento em Lisboa e limita a concorrência de tarifas baixas e a escolha para os cidadãos e visitantes de Lisboa.
Michael O’Leary, CEO da Ryanair, afirma que “a decisão monopolista da ANA de aumentar as taxas em até 17% é absurda, quando a maioria dos outros estados da UE estão a reduzir as taxas para atrair investimento das companhias aéreas e incentivar o crescimento”. Acrescenta ainda que “a Ryanair é a única companhia aérea a crescer fortemente (até 35%) na Europa pós-Covid, e poderíamos duplicar o tráfego aéreo de Portugal para 26 milhões, criando centenas de empregos bem remunerados em Portugal nos próximos 6 anos. Mas, infelizmente, sem a ação da ANA e/ou a intervenção do Governo, Portugal perderá este crescimento para outros aeroportos de custo mais baixo da UE devido às taxas excessivas da ANA, que estão a forçar companhias aéreas como a Ryanair a cortar voos de/para Portugal. As ilhas regionais de Portugal já estão a perder, pois a Ryanair foi forçada a fechar a sua base em Ponta Delgada e reduzir uma das nossas duas aeronaves baseadas na Madeira, uma perda de 100 milhões de dólares em investimento, com a base atualmente em risco de encerramento graças às altas taxas da ANA”.