Ryanair impedida de abrir três novas rotas para Marrocos

A Ryanair anunciou, em comunicado, que foi “ilegalmente impedida pelo Ministério das Infraestruturas de Portugal e pela ANAC”, no passado dia 29 de outubro, de abrir três novas rotas para Marrocos, o que, diz a low-cost, provocou o “cancelamento totalmente desnecessário de voos para mais de 3.000 passageiros portugueses que deviam viajar de Lisboa neste domingo 31 de outubro”. As rotas em causa seriam Lisboa-Agadir, Lisboa-Fez e Lisboa-Marraquexe.

Segundo a companhia aérea, “esta é uma violação clara do Acordo de Céus Abertos da UE em vigor com Marrocos”. E recorda que há mais de três anos que opera entre Portugal e Marrocos, considerando “inexplicável porque é que o Ministério das Infraestruturas / ANAC não emitiu autorizações de voo normalizadas para permitir a operação destes voos”.

A Ryanair afirma que tentou várias vezes garantir essas permissões no último mês, “mas todos os burocratas sem rosto do Ministério da Infraestrutura partiram para o feriado na noite de sexta-feira, recusando-se a emitir as permissões de rotina, demonstrando total indiferença ao caos que causaram a mais de 3.000 passageiros portugueses que tinham planos de viagem para Marrocos no fim de semana mais movimentado do ano”, acusa.

Os voos do Porto para Marraquexe funcionarão conforme o previsto.

O diretor comercial da Ryanair, Jason McGuinness, disse: “É incrível que o Departamento de Infra-estruturas de Portugal obrigue ao cancelamento totalmente desnecessário de voos para mais de 3.000 passageiros portugueses a partir de domingo, 31 de outubro. Ryanair já detém direitos de tráfego para voar de Portugal para Marrocos, operando com sucesso voos entre Portugal e Marrocos há mais de três anos. Não há nenhuma boa razão para esta ação ilegal que é uma clara violação do direito da UE, referente ao Acordo dos Céus Abertos da UE”. E acrescenta que “lamenta a perturbação desnecessária causada aos nossos passageiros por esta ação ilegal do Departamento de Infraestruturas de Portugal e tentará encontrar alternativas de viagem e / ou reembolsos para os passageiros afetados”.