Ryanair pede que CEO da TAP explique porque é que low costs “prejudicam” a economia

Como resposta a uma entrevista dada pela CEO da TAO, Christine Ourmières-Widener, à edição de ontem do Negócios, onde afirma que nunca escolheria uma low cost para ficar com os slots da TAP, a Ryanair emitiu um comunicado no qual pede à responsável que explique as alegações de que as companhias aéreas de custo reduzido em Lisboa “prejudicariam a economia portuguesa”.

A low cost adianta, na mesma nota, que tendo em conta que as tarifas baixas da Ryanair estão a impulsionar o rápido crescimento e a recuperação pós-Covid das viagens aéreas no Porto, em Faro, em Ponta Delgada e agora na Madeira, gostaria que a CEO da TAP explicasse “estas alegações ridículas e claramente falsas”.

De acordo com Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair: “Aparentemente, a CEO da TAP não parece ter uma noção da realidade ou economia.Numa altura em que as tarifas low cost da Ryanair estão a impulsionar o crescimento e a recuperação das viagens aéreas, turismo e emprego no Porto, em Faro, em Ponta Delgada e, mais recentemente, no Funchal, a CEO da TAP parece acreditar que a economia portuguesa estaria melhor se desperdiçasse três mil milhões de euros em auxílios estatais na TAP, com um custo de mais de 300 euros por cada homem, mulher e criança em Portugal. A Ryanair acredita que um reembolso fiscal de 300 euros a cada cidadão em Portugal teria sido uma melhor utilização destes fundos dos contribuintes, em vez de desperdiçar biliões do dinheiro dos contribuintes na TAP, liderada pela Sra. Ourmieres”.

A companhia acrescenta ainda que “a diretora executiva da TAP sabe menos de economia que de como gerir uma companhia aérea rentável. A Ryanair irá agora oferecer-lhe um voo gratuito na Ryanair se conseguir explicar como as tarifas baixas podem «prejudicar» a economia portuguesa ou Lisboa. Numa altura em que as viagens aéreas e as economias de toda a Europa estão a recuperar com as tarifas baixas da Ryanair, a CEO da TAP deve agora explicar porque qual a razão pela qual está a absorver três mil milhões de euros de auxílios estatais em Portugal, mas ainda oferece menos voos, tarifas mais elevadas e bloqueio de slots não utilizados em Lisboa, apenas para poder bloquear a concorrência, reduzir a escolha e limitar a recuperação da economia portuguesa e lisboeta. Se a CEO da TAP puder explicar porque é que as tarifas elevadas e os milhares de milhões de Auxílios Estatais são ‘melhores’ para os cidadãos portugueses, então dar-lhe-emos voos gratuitos da Ryanair durante um ano”.