Salema Beach Village: Os meses de agosto até ao final do ano “serão francamente positivos”

No NAU Salema Beach Village, em Vila do Bispo, Algarve, a Covid-19 apenas trouxe dois meses de encerramento, em abril e maio de 2020, até porque o facto de se tratar de uma unidade em regime de self catering, com villas geminadas, permitiu que as portas se mantivessem abertas. E Marta Manso, diretora do estabelecimento, admite à Ambitur.pt que 2020 foi um ano que, apesar da pandemia, e com “perdas que já se calculavam serem significativas, quando comparadas com 2019, acabou, um tanto inesperadamente, por ser um ano em que conseguimos atingir resultados positivos, devido às nossas ações junto do mercado nacional”. Este ano, explica que as perspetivas iniciais eram “excelentes”, isto até à decisão do Reino Unido de retirar Portugal da lista verde. Mas, acredita, “os meses de agosto e seguintes, até ao final do ano, serão francamente positivos, permitindo recuperar grande parte das perdas registadas nos primeiros sete meses do ano”.

O Salema Beach Village fica no extremo Barlavento Algarvio, uma zona de baixa densidade de construção e com uma oferta hoteleira pouco variada, conhecida por parte do mercado português. A responsável afirma que, antes da pandemia, o principal mercado era o britânico e, naturalmente, a situação alterou-se com a Covid-19, passando a ser o mercado nacional o mais expressivo, seguindo-se o espanhol. No que diz respeito a perfil e faixas etárias, a diretora da unidade não observa grandes diferenças: “É uma unidade hoteleira com características perfeitas para quem vem em família, e esse facto não se alterou”.

No entanto, Marta Manso reconhece que com a pandemia, houve alterações nas preocupações dos clientes, em especial as famílias, que passaram a ter uma maior consciência e exigência no que respeita a questões sanitárias, de higiene e segurança, “e trouxe ainda um despertar para as questões da ecologia e sustentabilidade”. Para a interlocutora, “os viajantes internacionais sentir-se-ão mais seguros em reservar através de intermediários de confiança, enquanto os nacionais aumentarão as reservas diretamente aos prestadores de serviço”. E afiança que “o aumento das reservas diretas tem sido notável, assim como a utilização de telemóveis e tablets em detrimento de computadores pessoais”.

Quanto a estratégias adotadas para fazer face à pandemia, a responsável diz serem comuns a todas as unidades NAU Hotels & Resorts: “colocar o foco no mercado nacional, sabendo que as restrições às viagens iriam provocar reduções significativas nos mercados internacionais”. Para tal, investiram numa campanha televisiva em 2020 e 2021, enfatizando o cumprimento das regras impostas pela DGS e transmitindo “a mensagem da nossa preparação para receber os nossos hóspedes em perfeita segurança em 2020”. Este ano já, mantendo essa mesma mensagem, o mote foi “Regressar onde fomos felizes”. O foco foi no “preço para captação de mercado, com uma estratégia de Yeld ajustada à procura, de maneira a vendermos em volume e atingirmos resultados satisfatórios”, esclarece Marta Manso.