A 2.ª edição da Cimeira Internacional de Turismo de Qualidade e de Compras vai decorrer no próximo dia 10 de dezembro no Pestana Palace Hotel e tem como ponto de partida a “mudança de paradigma a nível global” e a as “chaves para um turismo sustentável em Portugal”.
Um ano após a realização da primeira edição, Miguel Júdice, presidente do comité organizador desta Cimeira, refere em comunicado que “é o momento de repensarmos os vetores estratégicos do nosso turismo, que devem incluir também o foco em segmentos de alto valor acrescentado que têm um impacto muito positivo na nossa economia sem que tenham pegadas ambientais e sociais tão pesadas”.
A conferência organiza-se em diversos painéis e mesas redondas, que contarão com a participação de representantes de diversas entidades, como o Turismo de Portugal, a Associação do Turismo de Lisboa, a Associação da Hotelaria de Portugal ou a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa e de empresas como a TAP, o Santander, a Samsung Iberia, a Global Blue ou a Union Pay Internacional.
O futuro do turismo nas cidades será debatido por responsáveis das câmaras do Porto e de Barcelona, enquanto os desafios do turismo e os ODS serão apresentados por representantes do BSCD – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável e da UN Global Compact Network Portugal, para além do contributo do Turismo de Portugal.
Um novo modelo de Turismo de Qualidade
Para a organização, este é o “tempo de analisar a necessidade de transição do modelo turístico vigente”, adaptando-se ao novo mercado mundial, caracterizado “pela globalização, pelo surgimento de grupos de turistas de regiões do mundo com economias robustas, demografia jovem, interesse pela cultura, gastronomia, compras e novas experiências, permitindo combater a sazonalidade do turismo”. Um turismo de longa distância proveniente de países como os EUA, o Brasil, a China e outros países da Ásia, entre outros, cujo valor médio gasto nas suas viagens a Portugal é muito superior ao do turismo tradicional. As previsões referem que, “em 2020, mais de 200 milhões de turistas chineses, 50 milhões de indianos e 29 milhões de sul coreanos viajarão para o estrangeiro, gastando um valor próximo dos 430 mil milhões de dólares”, refere o mesmo comunicado. Os últimos dados apontam para um “crescimento de 36% em gastos de turistas extra-comunitários”, sendo “fundamental definir a estratégia que Portugal deverá seguir para captar uma percentagem destes importantes turistas”.
Por outro lado, também o enorme impacto da tecnologia, que cada vez aproxima mais os destinos e os viajantes, bem como a sustentabilidade ambiental e a percepção da opinião pública local em relação à chegada de visitantes serão temas em debate.
Esta cimeira assume-se como o único fórum que analisa a importância de atrair turistas de qualidade para promover um turismo de compras que seja um motor de crescimento económico e social de forma transversal, graças à participação dos diversos sectores: turismo, comércio, transportes, banca e meios de pagamento, tecnologia, a par das entidades públicas.