Selina cotada em bolsa após fusão com BOA Acquisition Corp

A Selina e a BOA Acquisition Corp acabam de anunciar, num comunicado, a celebração de um acordo de fusão que resultará na cotação em bolsa da marca Selina. A transação avalia a empresa num capital social de, aproximadamente, 1.2 mil milhões de dólares, e deverá estar concluída no primeiro semestre de 2022, com a empresa a operar como “Selina Hospitality plc” e as suas ações a ser cotadas na bolsa de Nova Iorque – New York Stock Exchange – com o símbolo “SLNA”.

Lançada em 2015 pelos cofundadores Rafael Museri, CEO, e Daniel Rudasevski, Chief Growth Officer, a rede Selina já deteve 134 propriedades desde a América do Norte e do Sul à Europa e Médio Oriente, das quais 83 estão a operar atualmente. A também marca de lifestyle foi desenvolvida especificamente para millennials e jovens da geração Z que se encontram a viajar, um segmento que representa uma fatia de 350 mil milhões de dólares gastos por ano no setor das viagens, de acordo com as estimativas da marca hoteleira.

Segundo Rafael Museri, CEO da Selina, “procuramos redefinir o futuro do alojamento ao criar uma marca e fazer a curadoria de experiências que fazem fit com os nossos clientes. Os viajantes millennials e da geração Y estão à descoberta da autenticidade e das melhores experiências em cada etapa – querem estar imersos na cultura local de cada lugar que visitam. Através de parcerias com artistas locais para desenharmos destinos culturalmente relevantes e inspiradores, estamos a criar oportunidades para que estabeleçam relações para a vida toda, dentro da comunidade Selina em rápida expansão. Passámos os últimos seis anos a construir e a expandir uma plataforma eficiente e diferenciada, e esta fusão irá permitir-nos transportar a Selina para mais locais e para mais viajantes em todo o mundo”.

A Selina recorre a um modelo operacional que se baseia na parceria com proprietários de imóveis, que, em média, cobrem 90% dos custos para transformar os seus empreendimentos em destinos atraentes e inspirados na cultura local, com a marca Selina. Ao executar remodelações com a rapidez e eficiência necessárias para melhorar, significativamente, a condição financeira das propriedades, a empresa tornou-se a primeira opção de marca parceira dos proprietários de imóveis locais, que tencionam focar-se no segmento dos viajantes milenares e da geração Z, atualmente em expansão. Esta abordagem resulta num aumento considerável das receitas, em comparação com as operações anteriores daqueles imóveis.

A marca hoteleira garantiu ainda a entrada de 350 milhões de dólares, provenientes de parceiros, para expandir a sua oferta geográfica para 11 países, que devem adicionar aproximadamente 40 mil novas camas à rede Selina, até 2025. Para além da sua tradicional oferta de acomodação pré-paga, a Selina lançou agora um inovador serviço de subscrição, apelidado de Nomad Passport, que permite aos hóspedes acederem a qualquer unidade da rede durante o tempo que necessitarem com todas as comodidades, incluindo estadias, coworking, atividades de bem-estar e eventos de curadoria local.

Para Brian Friedman, CEO da BOA Acquisition Corp., “a Selina está a encurralar um grande mercado, ao fornecer alojamentos e experiências que não são facilmente reproduzidas. A plataforma é altamente eficiente, com a capacidade de escalar rapidamente e produzir unidades económicas atraentes. A marca Selina transcende a hotelaria e criou uma comunidade leal e um estilo de vida aos quais os clientes desejam pertencer, muito depois da sua primeira estadia. A empresa já provou que pode oferecer muito, tanto aos hóspedes como aos seus parceiros imobiliários. Prevemos que a Selina se continue a expandir significativamente, ao longo dos próximos anos, já que a possibilidade de trabalhar em qualquer lugar impulsiona os viajantes a experienciar o mundo de uma forma que os seus antepassados ​​nunca puderam – como nómadas digitais”.

A Selina espera alcançar um EBITDA positivo no primeiro trimestre de 2023 e gerar, aproximadamente, 1.2 mil milhões de dólares em receitas até 2025, impulsionado por novas aberturas, melhorias operacionais e a consolidação do seu portefólio.