Será possível Portugal atingir o segmento de luxo?

Portugal tem consolidado e aumentado a procura turística em todo os segmentos e em todas as suas regiões nos últimos anos, mas estará o país e as empresas preparados para competir no «filão» de luxo a nível mundial? Esta foi uma das questões deixada pelos moderadores António Perez Metelo e Nicolau Santos, no âmbito do 28º Congresso Nacional da Hotelaria, que decorre em Ponta Delgada, no painel sobre “Os pilares para a Sustentabilidade Económica e para o Crescimento”.

Na ótica de Alínio Azevedo, vice-presidente de Desenvolvimento e Aquisições da Loews Hotels, “Portugal não está dentro desse segmento maior, mas é uma oportunidade que tem”. Para o responsável, Portugal apresenta neste momento acessibilidades aéreas atrativas, infraestruturas e serviço. Tendo em conta que são estes os três pilares essenciais para se encarar o segmento de luxo, Alínio Azevedo indica então que Portugal deve apostar com mais incidência no serviço. “Como qualificar cada vez mais a mão de obra? É mais fácil criar o produto físico do que o de serviço. Uma das características do alto padrão é que ele paga muito, mas tem as expectativas muito elevadas”, concluiu o responsável.

Por seu lado, José Theotónio, CEO do Grupo Pestana, considera que não temos um problema de serviço em Portugal, nem de infraestruturas. “Portugal tem algumas unidades hoteleiras que podem dar esse serviço no Algarve, Lisboa, Porto e Madeira, mas o destino não estava a posicionar-se para esse segmento, ou seja, não estava no radar mundial”, adianta. Para José Theotónio, a questão é precisamente essa, Portugal não se tentava posicionar de uma forma consistente como destino neste segmento. No entanto, o orador acredita que algo está a mudar pois “o aumento da procura em Lisboa tem permitido à hotelaria começar a valorizar o valor do seu produto. Agora é preciso tempo, promoção e visibilidade internacional.

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