A Organização Mundial do Turismo (OMT) reuniu, ontem, o seu Comité de Crise pela primeira vez fora de Madrid e a partir de Lisboa, com a presença do secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, e o contributo da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques. Os highlights da 7.ª reunião foram a retoma do turismo e a definição de parâmetros comuns para as deslocações transfronteiriças.
Após a reunião, os dois intervenientes responderam a perguntas de jornalistas de todo o mundo e Rita Marques foi então questionada acerca da atual situação da TAP, da liberação das viagens entre Portugal e o Brasil e das prioridades do Governo no apoio ao setor do turismo.
O Governo está a trabalhar ativamente para garantir a viabilidade da TAP”
Quanto à TAP, a secretária de Estado do Turismo (SET) assegura que “a situação do Governo português em relação à sua companhia aérea, não é diferente do que acontece nos outros países da Europa, que estão a viver realidades muito idênticas especialmente no que toca às suas companhias bandeiras e à situação aérea na generalidade” e recorda que, ainda ontem, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, avançou que o Governo está a trabalhar “ativamente” no sentido de “garantir uma viabilidade que se pretende para a companhia e que se vier a ser alcançada ajudará muito não só o setor do turismo mas, sobretudo, Portugal”, defende Rita Marques.
Reativar a boa relação aérea que tínhamos com o mercado brasileiro”
Já sobre as viagens entre Portugal e o Brasil, Rita Marques afirma que “o mercado brasileiro, para nós, é um mercado importantíssimo” na medida em que “tinha vindo a registar um crescimento muito relevante em 2019” que foi, inevitavelmente, interrompido pela pandemia. No entanto, a responsável não duvida de que o continuará a ser embora Portugal faça parte da União Europeia (UE) e, como tal, “as viagens para lá da Europa estão sempre condicionadas à luz das recomendações e orientações que recebemos” da UE.
Ainda assim, “tem havido sempre diálogo” com o Governo brasileiro e “estamos muitíssimo empenhados em ultrapassar esta fase”. A SET espera que “muito em breve tenhamos condições para reativar a boa relação aérea que tínhamos com o mercado brasileiro, favorecendo a livre circulação do mercado brasileiro em Portugal”.
A prioridade do Governo português é a manutenção de empregos”
Rita Marques reflete ainda que “temos trabalhado desde o primeiro dia com toda a indústria do turismo” e que uma das “maiores prioridades” do Governo português diz respeito à “manutenção de empregos”. A estratégia passa então por “melhorar os apoios” e “dar os incentivos certos às empresas” para que tenham condições de manter os seus quadros. Outra dimensão é “instigar o consumo e promover as viagens entre Portugal e a Europa e Mundo”.
Termina a sua intervenção realçando “todo o esforço que a OMT e o WTTC têm feito para garantir que levantamos as restrições, que realmente existem na indústria, harmonizamos as regras e levantamos os aviões do chão”. Para Rita Marques essas devem ser as prioridades, assegurando que “Portugal vai continuar a trabalhar convosco, especialmente durante a sua presidência do Conselho Europeu, e que tudo fará para mudar a forma como as pessoas agora enfrentam o turismo”.