SET: Exclusão do corredor aéreo britânico tem “consequência muito relevante” para o turismo português

A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, considerou hoje que a decisão britânica de excluir Portugal continental da lista de países seguros vai ter “uma consequência muito relevante” para o turismo nacional, cita a Lusa.

“A decisão do Reino Unido é uma decisão que tem uma consequência muito relevante para o nosso turismo, em particular para as regiões que têm o Reino Unido como um mercado importante emissor”, disse Rita Marques à agência Lusa, à margem de uma visita ao concelho de Trancoso, no distrito da Guarda. Segundo a governante, “nem todas as regiões estão altamente dependentes do Reino Unido”, como é o caso da região Centro, mas referiu que “na média nacional”, o país depende “muitíssimo do Reino Unido”.

Na quinta-feira, o Governo britânico decidiu retirar Portugal da lista de países considerados seguros no atual contexto de pandemia de covid-19, com exceção das regiões autónomas da Madeira e Açores, e a partir de sábado voltará a obrigar a uma quarentena de duas semanas quem regresse do território continental português. Portugal tinha sido incluído na lista dos países do chamado corredor aéreo britânico há três semanas.

A secretária de Estado do Turismo disse que o Governo continuará a trabalhar para enfrentar a pandemia, considerando que todos os portugueses fizeram o seu melhor. “Acho que devemos de estar orgulhosos deste esforço coletivo. Eu tenho testemunhado que temos vindo escrupulosamente a cumprir as regras, a utilizar as máscaras, a desinfeção das mãos, a etiqueta respiratória. E, portanto, acho que temos que nos orgulhar destes nossos comportamentos. Haverá o tempo em que nos entenderão”, rematou Rita Marques.

O presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, disse à Lusa que a saída de Portugal continental da lista de países seguros do Reino Unido “nunca é uma boa decisão” para o país. O mercado do Reino Unido não é “um mercado decisivo” para a região Centro, mas “tem impactos indiretos, porque sempre que o Reino Unido faz notícia de que coloca Portugal” de fora do seu corredor turístico prioritário “os outros mercados reagem negativamente”.