SET: “Temos de prosseguir continuamente a estratégia de alimentar a transição digital no turismo”

A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, foi hoje entrevistada pela jornalista Ana Galvão no seguimento da Portugal Digital Summit 2020, organizada pela Associação da Economia Digital (ACEPI). 

Ana Galvão começou por interrogar a SET sobre “quanto do setor do turismo já está digitalizado?” ao que Rita Marques respondeu que “vamos estando digitalizados” mas que, contudo, “não podemos esquecer que o setor do turismo é um setor de pessoas para pessoas e é para nós muitíssimo importante a interação humana porque dessa forma temos uma experiência de turismo mais positiva”.

Ainda assim, a responsável garante que tem sido feito um “esforço muito grande” na digitalização do turismo. Tanto ao nível das empresas no sentido de “garantir maior qualidade, eficiência e eficácia nos processos” como também do lado do turista, enquanto “complemento de experiência sensorial”. Para Rita Marques, apesar dos desafios, “a parte humana com o digital tem de ser sempre um casamento feliz” e “temos de prosseguir continuamente a estratégia de alimentar a transição digital também no turismo”.

O digital tem sido “especialmente útil” ao longo da crise pandémica, atenta a SET, ao “providenciar mecanismos” para reserva automática e gestão de filas em espaços turísticos e culturais, “permitir maior eficiência no escalonamento dos profissionais” e ajudar a atribuir “garantia de qualidade”, como foi o caso do selo Clean & Safe que é “completamente virtual” obtido por via digital. Rita Marques vê assim a “transição digital como sendo uma oportunidade para pudermos crescer na nossa oferta a nível de valor acrescentado”.

Por fim, a responsável está segura de que o medo de viajar durante a pandemia “vai desaparecer porque nós somos uma sociedade que gosta de viajar” e que tal está “muito no nosso ADN”. Para melhorar a situação, é importante “introduzir alguma certeza no sistema” através do digital em termos de procedimentos no aeroporto e com a “harmonização de regras”.