Setores da restauração e alojamento essenciais para a redução do desemprego em Portugal

Os dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística indicam que, em maio deste ano, a taxa de desemprego se situou nos 9,2%, uma revisão em baixa face à estimativa provisória divulgada no mês anterior. Este valor é o mais baixo desde novembro de 2008, que registou 8,9%.

Pela primeira vez em mais de 11 anos, a taxa de desemprego ficou abaixo da média dos parceiros da zona Euro, com o setor da restauração e bebidas a ter um contributo fundamental, pois só no segundo semestre de 2016, e de acordo com os dados no IEFP para o Relatório do Grupo de Trabalho de Monitorização do IVA, verificou-se uma diminuição de 9,6% de desempregados no setor da restauração.

“A atual conjuntura ultrapassa, novamente, o que era esperado apenas para o final do ano, continuando a tendência registada no primeiro trimestre”, afirma Mário Pereira Gonçalves, presidente da Direção da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), citado em comunicado. “Estes resultados reforçam que a economia portuguesa está numa trajetória de franca recuperação, tanto no que se refere ao investimento como às exportações e ao emprego”, prossegue, “confirmando as estimativas da WTTC, de que em Portugal, um em cada quatro portugueses vai trabalhar no setor do Turismo”.

Dada a continuidade sustentada do crescimento do Turismo em 2017, estima-se que os dados do desemprego referentes ao primeiro semestre de 2017 (a divulgar no decorrer de outubro), sejam ainda mais otimistas.

Só o Canal HORECA – Hotelaria e Restauração (que representa cerca de 71,9% do emprego no Turismo), no primeiro trimestre de 2017 registou um aumento homólogo no emprego de mais 15,6% (mais 39.700 postos de trabalho), o maior crescimento desde 2011. Representou, por isso, 27,4% do total do crescimento de emprego a nível nacional, no primeiro trimestre deste ano.

*Foto de Reuters (Fonte: Dinheiro Vivo)