Skycop: Estudos afirmam que “a cada 24 minutos um pássaro colide com um avião”

De acordo com os dados recolhidos pela Administração Federal de Aviação (FAA em inglês), e que a Skycop divulga em comunicado, “as colisões com aves são a principal causa de na aviação”. Entre 1990 e 2015, “existiram 177.269 impactos de animais selvagens (pássaros e animais terrestres) com aviões comerciais. As aves representam mais de 90% desses incidentes”. Os dados da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO em inglês) referem ainda que “houve 65.139 choques contra aves entre 2011 e 2014, e prevê-se que o “número aumente com a evolução das técnicas de relatórios que estão a ser publicados”.

Os pássaros são encontrados geralmente durante as decolagens, aterragens ou mesmo na pista. Não equipados com motores a jato, os pássaros realmente não chegam às alturas típicas de cruzeiro dos aviões comerciais. Portanto, de acordo com a ICAO, “90% de todos as colisões com aves ocorrem perto de aeroportos”. A FAA alega que menos de “8% das colisões ocorrem acima de 900 metros, 61% ocorrem em altitudes inferiores a 30 metros e a maioria ocorrem durante o dia”.

De acordo com especialistas que escreveram sobre o assunto, novos avanços nas tecnologias das pás de motor fazem a ingestão (designação de uma colisão de um pássaro no motor através das pás) com menor probabilidade de danificar o motor. Segundo as estatísticas, 5% das ingestões resultam na substituição do motor. Na maioria das vezes, as peças danificadas podem ser substituídas no aeroporto – embora a sua localização possa ser um problema. Na semana passada, um Airbus A321-200N da British Airways que voava de Heathrow para Bucareste colidiu com um pássaro durante a aterragem e as reparações demoraram cinco horas, o que fez com que o próximo voo se tenha atrasado 5 horas.

Os animais também podem danificar outros componentes do avião, como o tubo de Pitot. Este tubo sensor mede a velocidade do avião, e acredita-se que foi por causa de um ninho de vespas que aconteceu o acidente fatal com o Birgenair Flight 301 em 1996. Mais uma vez, no início do mês de maio, um Airbus A321-200 Wizzair que descolou de Bucareste, colidiu com uma ave que por sua vez levou à perda do radar meteorológico.

Além de preocupações com a segurança, as colisões com aves são uma péssima notícia se quiser reivindicar alguma compensação de voo. O Regulamento (EC) 261/2004 considera as colisões de pássaros uma exceção, algo que as companhias aéreas não podem controlar. Afinal de contas, o piloto não pode buzinar para fazer com que o pássaro saia do caminho. Nem mesmo os aeroportos podem fazer alguma coisa, mesmo que tentem usar aves de caça, pirotecnia, realocação, destruir os ovos destas aves, ou outra medida de combate a este problema, para que seja possivel garantir a sua segurança.