“Só quem tiver no seu modo de estratégia a autenticidade e a sustentabilidade é que conseguirá liderar o turismo do futuro”
2023 foi mais um ano de recordes para o turismo nacional, a alcançar as 77 milhões de dormidas (+10% face a 2019) e os 30 milhões de hóspedes (+10% face a 2019). Também as receitas turísticas cresceram 37% face ao ano pré-pandemia, resultando num total de 25 mil milhões de euros.
“É um crescimento que acontece em todas as regiões do país e isso é um dado muito positivo, e este é um crescimento que acontece ao longo de todo o ano e não apenas na época alta. Crescemos em diferentes mercados, não só nos tradicionais como também em mercados fora da Europa, como é o caso do mercado dos EUA, com um desempenho muito positivo para o nosso país”, comentou o secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, aquando da sua presença na apresentação da nova campanha do Turismo de Portugal, realizada esta quarta-feira, 3 de janeiro, em Lisboa.
Para 2024, as expectativas “são positivas”, “com mais reservas, com mais procura, com mais contratos, e isso foi confirmado pelos próprios operadores internacionais, especialmente do Reino Unido, que é o principal mercado emissor de turistas”, explicou ainda Nuno Fazenda, que reforçou o “efeito multiplicador” do turismo, “na cultura, nos transportes públicos, no agroalimentar, nos equipamentos, na construção, no vestuário, no têxtil-lar, porque tudo isto contribui para o turismo e isto mostra a força positiva que o setor tem para o país”.
Sem saber se o crescimento turístico este ano poderá crescer a dois dígitos, o que significaria 27 mil milhões de euros, a meta de 2027, o secretário de Estado do Turismo acredita em bons resultados.
Em relação à nova campanha do Turismo de Portugal, “Não é turismo, é futurismo”, disse ser “inovadora, de início de ano, com uma mensagem pela positiva, para um turismo mais sustentável, mais humano e mais responsável. É esse o mote. Nós temos como estratégia liderar o turismo do futuro e isto significa um turismo mais sustentável, mais autêntico e mais genuíno. Este é um desafio que nos convoca a todos, convoca as instituições, as políticas públicas, as empresas e também os próprios turistas. Esta campanha que aponta sobretudo para mercados estratégicos, também convoca os turistas a escolhas ambientalmente mais sustentáveis e a uma maior responsabilidade social. Portugal quer continuar a posicionar-se como um destino turístico sustentável à escala internacional”.
E consegue-se um turismo mais sustentável de diferentes formas: “por um lado, continuar a preservar e a valorizar o nosso território, o nosso património, as nossas cidades e as nossas vilas; consegue-se também apoiando as empresas na transição energética; consegue-se também na sustentabilidade social, ao nível dos salários dos trabalhadores; e também na liderança da ação climática, que faz posicionar o país”, completou ainda Nuno Fazenda.
Desta forma, a palavra-chave para 2024 e para a nova campanha do Turismo de Portugal é “concretizar”, sendo que “só quem tiver no seu modo do estratégia a autenticidade e a sustentabilidade é que conseguirá liderar o turismo do futuro”.
Por Diana Fonseca