A Soltrópico finalizou, ontem, em Lisboa, o roadshow sobre São Tomé e Príncipe que teve inicio, esta semana, em Coimbra, passou pelo Porto e reuniu, no total, cerca de 300 agentes de viagens.
Numa conferência de imprensa que decorreu, ontem, à margem do evento, em Lisboa, Nuno Anjos, diretor comercial da Soltrópico, afirmou que este é um “destino prioritário” para o operador. Fazendo parte da sua programação há mais de dez anos, São Tomé e Príncipe é um destino que “não sendo de massas”, está disponível “a uma boa qualidade/preço”, havendo pacotes disponíveis com preços desde os 799 euros em época normal e desde os 1038 euros no Fim de Ano . Segundo o responsável, “para a Soltrópico não interessa apenas levar portugueses a São Tomé, temos desenvolvido várias parcerias com operadores para dar a conhecer o destino lá fora, principalmente junto aos mercados francófono e germânico, e tem tido uma boa aceitação”.
Durante este ano, o operador português já levou a São Tomé e Príncipe mais de mil portugueses, ou seja, mais 18% que em 2014. O objetivo é, segundo Nuno Anjos, “continuar a crescer”, ainda que este “seja um destino de nichos”.
Na mesma ocasião, o embaixador de São Tome e Príncipe, Luís Viegas, afirmou que o número de turistas que o destino tem recebido (28 mil em 2014) “está aquém da sua capacidade”. Lembrando que existem ainda alguns temas que têm de ser desmitificados como são as questões relacionadas com a criminalidade e saúde, o responsável reforçou a ideia de que São Tomé e Príncipe não é apenas um destino de sol e praia, mas um destino onde se encontra muita cultura e natureza. Luís Viegas acrescentou que o governo implementou um Programa Nacional de Luta contra a Malária, que vigorará até ao próximo ano, e que está a ter “resultados extraordinários”. “Este ano, não houve ainda um caso de óbito decorrente da malária”, reforçou.
Luís Viegas lembrou ainda que a entrada de turistas no país está agora mais facilitada, uma vez que já não é necessário visto para estadias que não ultrapassem os 15 dias.
Grupos hoteleiros satisfeitos com a operação em São Tomé e Príncipe
Segundo Luís Vasconcelos, diretor comercial dos Pestana Hotéis África, “o investimento feito em São Tomé e Príncipe justifica”. “A ocupação dos nossos hotéis tem sido boa. Em 2015 sofremos o impacto do “Ébola”, ainda que nenhuma das ilhas tenha tido o registo de qualquer caso. No entanto, no segundo semestre deste ano tem havido um incremento substancial na ocupação, com base muito no turismo português”, explicou. O grupo Pestana está presente em São Tomé e Príncipe com três unidades, o Pestana Hotel São Tomé, Pestana Miramar e Pestana Equador, as duas últimas unidades estão a ser alvo de remodelações.
O grupo HBD prepara mais uma abertura no destino. No Verão de 2016, o grupo deve ter já em operação mais uma unidade, o Hotel Praia Sundy, composto por 15 tendas de luxo, avançou Paulo Andrade, responsável do grupo.
O roadshow foi organizado pela Soltrópico em parceria com os grupos hoteleiros Pestana e HBD e com as companhias aéreas TAP e STP Airways.