Startup portuguesa cria app ideal para o turista moderno, mobile e sempre online

Framie. Este nome – e notícia – interessam-lhe. Ainda mais se se considera um viajante moderno, (quase) sempre online, em modo mobile e na procura incessante de novos desafios e experiências turísticas, e, também, de conteúdos de interesse. De uma forma organizada, instantânea, simples e rápida. E grátis, ainda por cima.

É que acaba de estar ao alcance de qualquer smartphone uma app inovadora (para sistemas Android e iOS), com cabeça, tronco e membros portugueses, que se arrisca a ser o melhor companheiro tecnológico de viagem para os turistas do mundo, pois está disponível em múltiplos idiomas.

Desenvolvida para ser altamente escalável e ter um alcance global, a Framie pretende “chegar aos smartphones de 100 mil utilizadores em 2022”, estima Tiago Monteiro, um dos cocriadores deste empreendimento tecnológico, juntamente com António Lisboa, ambos fundadores da startup Get Match, empresa emergente nascida dos percursos de empreendedorismo da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Com um investimento de 130.000 euros como lastro, a app Framie está a ser agora lançada com um atraso “imposto” pela pandemia, que fez estagnar o turismo mundial, mas tem por objetivo primeiro “aumentar a base de utilizadores em Portugal” e “angariar investimento para crescer e internacionalizar o projeto”, revelam os cofundadores.

Portugal teve cerca de 25 milhões de turistas em 2019, e há mais de 1.500 milhões de turistas em todo o mundo, 500 milhões dos quais usam ferramentas digitais para planear viagens. A Framie pretende capturar “uma fração desse mercado”, sublinha António Lisboa, convicto da “camada de valor” que a app portuguesa acrescenta às atuais plataformas de turismo mais globais.

App resolve um problema, acrescenta mais-valias e arranca com 600 framies lusos

Graças a um globo com cada vez menos fronteiras e à imaginação igualmente redonda desta startup nortenha, a Framie permite aos utilizadores criar e explorar, de uma forma organizada, pontos de interesse e roteiros turísticos digitais, que podem depois ser completados com capturas fotográficas próprias, tal como se fosse uma caderneta de cromos. Tudo com uma pitada inspiracional em estilo, digamos, Pokémon Go.

O novo recurso informático incentiva à ação no mundo real, através de aventuras e de uma componente de gamificação. E potencia a partilha de experiências e conteúdos em rede.

A app tem disponíveis atualmente mais de 600 pontos turísticos em Portugal e dezenas de roteiros, contudo, o objetivo é multiplicar exponencialmente os conteúdos, quer com a equipa interna quer através de parcerias com entidades turísticas que queiram digitalizar e promover conteúdos próprios.

Tiago Monteiro e António Lisboa são as caras do projeto, mas têm o apoio de um investidor-anjo, com larga experiência no lançamento de empresas emergentes, e de uma equipa de designers e programadores da plataforma.

“A maioria dos turistas consulta diversos websites, blogs ou redes sociais para fazer um roteiro dos principais pontos de interesse que quer visitar e registar fotograficamente. Mas, até agora, não existia um modo que, de uma forma intuitiva e transversal, permitisse ao viajante criar ou personalizar os seus roteiros turísticos e associar as fotografias tiradas”, explica Tiago Monteiro.

Ora, complementa António Lisboa, a Framie “permite ao utilizador visualizar e explorar na app as framies (pontos de interesse turístico), e, depois, selecionar as que lhe interessam para criar um roteiro ou ‘aventura’ à medida. No seguimento, só tem de viajar até aos locais, tirar fotos de cada local selecionado e fazer match dessas imagens com as respetivas framies, para completar o destino. Tal como se estivesse a finalizar uma caderneta de cromos”. Ou seja, “ao dar expressão à ‘aventura’, o viajante cria uma coleção com as fotos que tirou, que pode depois partilhar com outros utilizadores. Tudo isto é acompanhado por uma componente de gamificação, com rankings e medalhas, o que fomenta a ação no mundo real e a interação social”.