StayOver Fátima-Tomar quer mostrar encantos do Médio Tejo

A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) apresentou à imprensa, esta terça-feira, em Lisboa, a campanha “StayOver Fátima-Tomar”, uma iniciativa que envolve 13 municípios e que, neste momento, já conta com uma rede de 110 agentes aderentes.

“Dar a conhecer uma região vasta”, além de contribuir para a “fixação da população” e a “criação de postos de trabalho”, são alguns dos objetivos destacados por Anabela Freitas. A presidente da Câmara Municipal de Tomar considera que a “envolvência” dos 13 municípios juntos permitu “criar condições para que os privados, desde unidades de alojamento e restaurantes a empresas e produtores locais atuem no território”, cujas portas de entrada são “Fátima e Tomar”. “Cada concelho tem uma entidade própria e algo para mostrar”, considera a autarca, referindo que o turista procura cada vez mais um turismo autêntico, algo que sai reforçado com esta dinâmica, permitindo a criação de um “pacote de experiências” que visa “aumentar a permanência de turistas no território”.

Coube a Nuno Lopes, diretor de operações da empresa Idtour, apresentar esta campanha. A terminar a dia 15 de setembro de 2019, o “StayOver Fátima – Tomar” quer “proporcionar experiências únicas” nos 13 concelhos da CIMT (Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha). Para se tornar num cliente “StayOver”, o turista terá realizar uma reserva direta, contactando diretamente a unidade hoteleira parceira no projeto. Para poder usufruir da campanha, a reserva deverá ser de, no mínimo, duas noites. Após a reserva, o hoteleiro ativa o cartão “StayOver”, transformando o valor pago em pontos que poderão ser usados pelo cliente na reserva das experiências que pretende como entradas gratuitas em museus, descontos numa rede de parceiros ou em experiências promovidas pelos hoteleiros aderentes à iniciativa. A campanha já conta com 83 experiências de 23 entidades aderentes, 38 entradas gratuitas de 22 entidades e 31 descontos em catálogo de 13 entidades. De acordo com Nuno Lopes, “estes números tendem a aumentar consoante o número de entidades aderentes”, sendo um campanha “orientada para o mercado nacional. Esse é o nosso mercado-alvo!”.

Sendo este um projeto público e que envolve municípios, Nuno Lopes diz  que é necessário “saber trabalhar” as cidades de Tomar e Fátima e “dar a conhecer os lugares menos comuns” numa região onde os turistas “têm mais acessos e facilmente se deslocam entre os locais. “São várias as experiências que justificam a ficar mais do que duas noites”, assevera.  O projeto “StayOver”, que significa um “apelo a ficar mais tempo”, vem atenuar a “desintegração” e o “problema de fixação de pessoas”, colocando os parceiros, os agentes e as autarquias a conversarem e a trabalharem em conjunto.

O projeto teve um ano “de envolvimento, de capacitação, de formação de diálogo” mas Nuno Lopes indica que ainda “há muito trabalho pela frente. Estamos na fase um”, fase essa em que já se conseguiu o “diálogo de proximidade” com os agentes económicos, fazendo-os acreditar que, “se utilizarem esta ferramenta, podem converter os turistas em clientes”. Ao mesmo tempo, o programa ““StayOver” coloca os parceiros, agentes e as autarquias a conversar e a trabalhar em conjunto”, num projeto que poderá ser “transversal a todo o país”. O futuro do programa passa por “ganhar tempo” para continuar a trabalhar com os agentes económicos” para encontrar “experiências a ativar mesmo em épocas baixas”.

O “StayOver Fátima-Tomar” é apenas mais um dos programas que fazem parte de um Plano de Ação para os Produtos Turísticos Integrados de Base Intermunicipal, cofinanciado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia.