STTAMP e STAMA mantêm pré-avisos de greve até trabalhadores da Groundforce receberem

O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP) e o Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA) anunciaram esta quinta-feira, em comunicado, que mantêm os pré-avisos de greve em vigor até que os pagamentos aos trabalhadores da Groundforce sejam concretizados, lê-se na Lusa.

“O STTAMP e o STAMA manterão os avisos prévios de greve em vigor até à data em que os pagamentos forem efetivamente concretizados e na exata medida em que a proporcionalidade dos acontecimentos assim o exija”, informaram as estruturas sindicais, citadas pela Lusa.

Esta posição surge no seguimento de uma reunião com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, na quarta-feira, na qual foi comunicado aos sindicatos que “a TAP vai proceder ao pagamento do valor correspondente ao subsídio de férias e às anuidades em atraso diretamente aos trabalhadores” da empresa de ‘handling’.

De acordo com o STTAMP e o STAMA, foi possível ainda alcançar o compromisso de “processamento por parte da TAP, com efeitos imediatos, dos subsídios de férias e seu pagamento a todos os trabalhadores, indo ao encontro do que havia ficado acordado na reunião anterior e que, por mera teimosia obtusa do senhor Alfredo Casimiro, não aconteceu antes”. Ficou ainda acordada, lê-se na Lusa, uma “garantia dada pela TAP da antecipação em alguns dias do pagamento à Groundforce da fatura sobre os serviços prestados em junho”, ainda que a fatura só vença em 31 de julho, comprometendo-se a companhia aérea a “transferir para a SPdH/Groundforce o valor da mesma, de modo a que fique assegurado o pagamento atempado da totalidade dos salários do mês de julho”.

Quanto ao futuro da empresa, a tutela transmitiu aos sindicatos que o Montepio é, neste momento, o detentor da participação da Groundforce que pertencia a Alfredo Casimiro e “está já a avaliar as propostas de potenciais interessados na aquisição do capital, tendo sido referido que, para a TAP, é condição imperativa que o parceiro seja uma empresa credível no ramo do ‘handling’ [assistência nos aeroportos], com licenças para a operação, válidas em território Europeu”.

“É nosso entendimento que o conjunto de soluções que nos foram apresentadas representam uma abordagem positiva dos vários aspetos da difícil situação em que a SPdH/Groundforce se encontra, com vista a que sejam resolvidos, pelo menos em parte, os problemas dos trabalhadores”, consideraram os representantes dos trabalhadores.