Sugestão Ambitur: Museu do Vinho de Alcobaça

Instalado numa antiga adega que José Raposo de Magalhães, alcobacense ilustre, mandou construir em 1894, o Museu do Vinho de Alcobaça é uma verdadeira jóia da produção vitivinícola nacional, apresentando a maior colecção do país dedicada à vitivinicultura em contexto museológico. Na verdade, mais do que um museu que documenta a produção de vinho, este espaço é, conforme explica Alberto Guerreiro, museólogo do Pelouro da Cultura na Câmara Municipal de Alcobaça, um verdadeiro “museu da cultura do vinho, em que o visitante tem oportunidade, para além de conhecer os aspectos operatórios da produção do vinho, toda uma outra dimensão que nos remete para a arte popular e para as memórias e simbologias, tradicionais, históricas, sociais e económicas do vinho”.O museu conta com mais de 10 mil peças móveis que preenchem um universo ecléctico que contempla a enologia, a etnologia, a tecnologia tradicional, a arqueologia industrial, e ainda as artes gráficas, plásticas e decorativas. Alberto Guerreiro faz questão de destacar a colecção afecta ao organismo estatal, como os painéis estatísticos e informativos da Junta Nacional do Vinho dos anos 30 e 40, “autênticas jóias que documentam a evolução agrária portuguesa e contextualizam historicamente a artes gráficas desse período áureo do Estado Novo, colecções essas únicas no país e que dão a este museu uma inscrição nacional que outro museu do vinho não possui”, garante.Como visitar o museu&Se nunca visitou o Museu do Vinho de Alcobaça, ou se pretende regressar, aqui ficam algumas dicas para o conhecer da melhor maneira. Ao todo são cinco núcleos – recepção, adega dos balseiros, adega dos depósitos, destilaria e espaços anexos onde estão a taberna, abegoaria, tanoaria e casa da malta. O circuito expositivo percorre desde os trabalhos da terra da viticultura aos processos produtivos da vinificação, evoluindo da componente mais tradicional à industrial, não esquecendo a laboratorial. Actualmente, devido ao processo de requalificação, a visita de uma hora está confinada a três núcleos principais – inicia-se na Adega dos Balseiro, passa pela Adega dos Depósitos (núcleo central onde se encontra o grosso da colecção e que se subdivide pelos depósitos de vinhos brancos e tintos e subterrâneos, dois lagares e uma adega dos toneis), e culmina da melhor maneira no núcleo da taberna, onde poderá provar os vinhos da Adega Cooperativa de Alcobaça.&Se nunca visitou o Museu do Vinho de Alcobaça, ou se pretende regressar, aqui ficam algumas dicas para o conhecer da melhor maneira. Ao todo são cinco núcleos – recepção, adega dos balseiros, adega dos depósitos, destilaria e espaços anexos onde estão a taberna, abegoaria, tanoaria e casa da malta. O circuito expositivo percorre desde os trabalhos da terra da viticultura aos processos produtivos da vinificação, evoluindo da componente mais tradicional à industrial, não esquecendo a laboratorial. Actualmente, devido ao processo de requalificação, a visita de uma hora está confinada a três núcleos principais – inicia-se na Adega dos Balseiro, passa pela Adega dos Depósitos (núcleo central onde se encontra o grosso da colecção e que se subdivide pelos depósitos de vinhos brancos e tintos e subterrâneos, dois lagares e uma adega dos toneis), e culmina da melhor maneira no núcleo da taberna, onde poderá provar os vinhos da Adega Cooperativa de Alcobaça. Desde Agosto de 2013 que o museu participa no projecto “Histórias do Centro”, uma rede de promoção turística que envolve os municípios de Alcobaça, Batalha e Leiria, o Parque dos Monges e a Fundação Batalha de Aljubarrota. Uma sinergia que tem dado os seus frutos no que diz respeito ao aumento do número de visitantes. Mas Alberto Guerreiro recorda que o museu está ainda numa fase de afirmação, “estando a trabalhar para se reposicionar no circuito turístico do panorama museológico português”. A história de um imóvel&O edifício onde hoje encontramos o Museu do Vinho de Alcobaça é um legado arquitectónico importante. Nascendo como adega, com recursos às mais avançadas tecnologias da época, o imóvel foi adquirido em 1948 pela Junta Nacional do Vinho (JNV) aos herdeiros de José Raposo de Magalhães, e aí transformado em depósitos industriais verticais de vinhos brancos e tintos. 20 anos depois, com o fecho de alguns dos armazéns da JNV, deu-se início à recolha de material vinícola disperso nas várias delegações, resultando na incorporação de colecções de grande valor histórico e patrimonial que, pelas mãos de Manuel Paixão Marques, delegado da JNV em Leiria, deu origem ao mais completo museu do vinho do país. Desde as décadas de 70 e 80 até à sua reforma em 93, foram introduzidas soluções expositivas inovadoras que fazem do museu, aos olhos do visitante, “algo sempre inesperado e extraordinário”, garante Alberto. Depois de mais de uma década de recolha e adaptação da adega de depósitos a um espaço expositivo, o museu abriu ao público em 83, funcionando até 2007 e reabrindo em 2013, já no contexto de renovação e requalificação da autarquia.Veja mais imagens em Ambitur TravelLifestyle.