TAP apresenta proposta do novo acordo de empresa do pessoal de cabina

A TAP deu mais um passo para a negociação do Acordo de Empresa (AE) do seu Pessoal Navegante de Cabina (PNC), ao apresentar a proposta formal do Novo AE ao SNPVAC. O atual AE, celebrado há quase 12 anos, em 2006, teve desde então apenas adequação casuística da regulamentação existente, estando por isso desajustado, refere a companhia aérea, em comunicado.

A proposta de novo AE que a TAP apresentou mantém o essencial do AE atual, introduzindo importantes melhorias que permitirão assegurar um futuro melhor para todos, frisa a mesma nota. Na prática, nada muda de imediato no dia-a-dia dos tripulantes de cabina que continuarão a reger-se pelo presente acordo durante todo o período de negociação. Pela lei, o AE atual tem ainda uma vigência de um ano. A TAP propõe mais seis meses adicionais para atingir um consenso sobre o novo Acordo.

O novo AE que agora será discutido com o SNPVAC pretende ser mais simples e de fácil compreensão, identificando de forma clara as responsabilidades da empresa e dos tripulantes, explica a TAP.

A proposta de novo acordo:
1. Coloca a TAP em pé de igualdade para competir com companhias de bandeira europeias em termos de composição das tripulações nos seus equipamentos;
2. Mantém quatro tripulantes no A319, acima do standard europeu;
3. Todas as novas aeronaves wide body que vêm de fábrica terão crew rest assegurado, bem como se irá manter nas atuais. Ao mesmo tempo, permite a contratação pontual de aeronaves com descanso de acordo com as normas EASA para competir com a concorrência e fomentar o crescimento da companhia;
4. Revê o modelo remuneratório para que reconheça e compense adequadamente o serviço de voo, incentive a equidade e possibilite uma atualização salarial;
5. Promove uma melhor qualidade de vida para todos através da redução do absentismo que, sendo prática de um grupo reduzido, penaliza a maioria;
6. Viabiliza a utilização na sua plenitude dos 12 A321 LR já encomendados, de acordo com o plano de crescimento e expansão da empresa;
7. Flexibiliza as condições de prestação de trabalho de modo a permitir a sua adaptação às preferências pessoais de cada tripulante;
8. Contempla a contratação de tripulantes de cabina temporários para apoio em picos de atividade, como o verão e as épocas festivas;
9. Permite definir e investir num melhor serviço de bordo que garanta a satisfação e fidelização do cliente;
10. Permite a expansão da companhia para destinos mais distantes.

“Esta proposta promove condições de trabalho mais justas e equitativas, permitindo uma atualização salarial e melhorando o modelo remuneratório”, sublinha a companhia. Permite ainda que haja mais aviões, mais voos e mais rotas, assegurando assim um crescimento sustentável da companhia.