TAP investe 48 milhões de euros em remuneração para alívio de cortes salariais

Depois de registar “uma das maiores receitas da sua história”, a companhia aérea vai investir quase 50 milhões de euros em remunerações aos trabalhadores. Segundo a agência Lusa, a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, diz que a medida serve “para alívio dos cortes salariais”.

Numa mensagem aos colaboradores, a gestora, que esta quarta-feira, 18 de janeiro, se apresenta no parlamento para responder sobre a indemnização a Alexandra Reis, confirmou “um conjunto de novas medidas, que passam pelo investimento em 48 milhões de euros de remuneração aos trabalhadores para alívio dos cortes salariais efetuados”.

A CEO da companhia diz estar a trabalhar em soluções que recompensem os trabalhadores face à atual inflação e vai ainda lançar “iniciativas como o aumento de investimento em um milhão de euros em formação, modernização das relações de trabalho, programa de mobilidade interna e atualização de políticas de recursos humanos”.

Christine Ourmières-Widener disse que “como outras companhias aéreas, a TAP poderia ter desaparecido em 2021, mas o Estado português não o quis e acordou-se um plano de reestruturação, validado por Bruxelas” e que agora alcança um dos melhores resultados de receita de sempre, devido a “uma maior procura de mercado” e a medidas como “a otimização das receitas por voos, dos horários e frequências, do novo modelo de cobranças dinâmicas e de toda a reorganização da força comercial”.

A gestora da TAP reconhece o “esforço” pedido aos trabalhadores com os cortes salariais e garantiu que já foram poupados mais de 150 milhões de euros em renegociações de contratos com terceiros, assegurando ainda que foram solucionados “diversos problemas”, como o da ME Brasil, que está “inoperante” desde maio do ano passado, “sendo expectável que encerre definitivamente em 2024”.