A TAP prevê a redução de operação entre 60% a 70% no período de inverno 2020/2021 face ao ano passado, de acordo com o comunicado dos resultados da TAP S.A. na segunda-feira conhecidos, noticiou a Lusa.
“A TAP estima que a redução da sua capacidade operacional no período de inverno 2020/2021 seja entre 60 e 70%, em comparação com o inverno anterior”, pode ler-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A companhia aérea TAP agravou os prejuízos nos primeiros nove meses do ano para 700,6 milhões de euros, depois de ter registado um prejuízo de 110,8 milhões de euros no mesmo período de 2019, foi comunicado ao mercado.
“Prevê-se que, nos próximos meses, a indústria da aviação na Europa continue a enfrentar um período de incerteza sem precedentes no que diz respeito à evolução da procura, pelo que a TAP estará pronta para fazer ainda mais cortes de capacidade, se necessário”, garante ainda a empresa no comunicado divulgado.
No entanto, a companhia considera “encorajadoras” as notícias do surgimento de vacinas eficientes para a covid-19 e de um plano de vacinação, que “a par com a possibilidade de aceitação e realização de testes pré-voo, podem indicar um caminho de recuperação das viagens aéreas internacionais”.
No dia 23 de novembro, a TAP anunciou que prevê operar cerca de 30% da sua capacidade em novembro e dezembro e reforçou as rotas com maior procura no Natal e Ano Novo, salientando que a operação fica “muito aquém” da anterior à pandemia.
“Reforçámos as rotas com maior procura nesta época [Natal e Ano Novo], ficando a operação, ainda assim, muito aquém da que se registava antes da pandemia”, referiu o presidente executivo da companhia, Ramiro Sequeira, numa mensagem enviada aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso. “É neste contexto que a TAP prevê operar, em novembro e dezembro deste ano, cerca de 30% da sua capacidade, face a igual período do ano passado”, acrescentou o responsável.
O presidente da transportadora adiantou, ainda, que a operação do período de Natal e Ano Novo “está preparada para corresponder às necessidades” dos clientes que queiram passar o seu Natal em casa, apesar das restrições impostas para conter a propagação do novo coronavírus.