TAP reduziu número de voos em 72% no mês de janeiro

A TAP reduziu, em janeiro deste ano, o número de voos em 72% e a capacidade em 70% face ao mesmo mês de 2020, devido às medidas restritivas decretadas por todo o mundo para controlar a pandemia.

Na sua newsletter interna, a que a Lusa teve acesso, a companhia aérea adiantou que “em janeiro manteve-se a tendência decrescente a que se assistiu em novembro e dezembro, no que respeita a número de voos e capacidade, comparando com o período pré-pandemia”, acrescentando que “reduziu em 72% o número de voos e em 70% a capacidade face a janeiro de 2020”.

A companhia observa que esta “tendência decrescente é também visível na evolução do número de voos, ao longo dos últimos meses, após a ligeira recuperação que se verificou no verão”, adiantando que “a taxa de ocupação média global da TAP, quando ponderada com o volume de voos realizados em cada mês, entre setembro e novembro de 2020, é de 50%, 29 pontos percentuais abaixo da taxa média global de 2019”. “Esta tendência resulta do agravamento que temos vindo a assistir das medidas restritivas, em todas as regiões do mundo, na sequência da 2.ª e 3.ª vagas, bem como da identificação da nova estirpe do novo coronavírus”, segundo a transportadora. A TAP recorda que “estas medidas têm-se centrado em quarentenas, fechos parciais e totais e têm tido um impacto muito significativo na indústria da aviação mundial, e na TAP em particular”.

Por outro lado, na newsletter, assinada pelo presidente executivo da companhia, Ramiro Sequeira, a empresa lembra que quando publicou os dados de dezembro previa “voar em fevereiro entre 19% a 22% dos níveis voados em fevereiro de 2020”, sendo que para março estimava “uma oferta de voos entre os 25% e os 28% face a março de 2020”. Estas eram já revisões em baixa, “que apontavam uma redução da oferta de 73% em fevereiro”, segundo a empresa.

“No dia 31 de janeiro, comunicámos a toda organização a decisão de suspender 93% do total da nossa operação, quando comparada com o mês de fevereiro do ano passado, pré-covid”, tendo em conta a “proibição e suspensão de voos nas ligações aéreas entre Portugal e países como o Reino Unido, Angola e Alemanha”, aponta. Além disso, a companhia recorda “a suspensão de voos entre Portugal e Brasil, o significativo endurecimento das restrições na América do Norte (EUA e Canadá), e o novo quadro do estado de emergência português, agora prolongado até 1 de março, o qual mantém o auto confinamento e determina a proibição de deslocações de cidadãos nacionais para fora do território nacional, em linha com a tendência europeia e mundial, de restrição temporária de todas as viagens não essenciais”.

O documento indica que “estas medidas têm um pesadíssimo impacto” na operação. “Em consequência, estamos a operar este mês de fevereiro entre 25 a 45 voos diários, quando em dezembro último operamos cerca de 100 voos diários, número já muito distante dos cerca de 350 voos diários operados em janeiro de 2020”, escreve Ramiro Sequeira.