TAP regista prejuízo superior a 100 milhões de euros e penaliza resultados das empresas públicas

Os prejuízos do sector empresarial do Estado aumentaram 5% no primeiro trimestre de 2015 face ao ano passado, devido sobretudo ao comportamento da TAP e do Metropolitano de Lisboa, divulgou a Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF).

“No primeiro trimestre de 2015 dá-se uma diminuição do resultado líquido das empresas públicas em 19 milhões de euros (5%) face ao verificado há um ano, assim como uma redução do nível de endividamento destas em cerca de 718 milhões de euros (2%) face ao final de 2014”, lê-se no boletim informativo sobre o sector empresarial do Estado divulgado na página da DGTF.

A companhia aérea foi a empresa pública que maiores perdas registou no primeiro trimestre deste ano, contribuindo para que os prejuízos do SEE tenham atingido os 378 milhões de euros. A TAP foi também a empresa em que a dívida mais cresceu, registando nos primeiros três meses deste ano, um prejuízo superior a 106 milhões de euros, e dando, assim, um forte contributo para as perdas apresentadas pelo conjunto das empresas públicas, no total de 378 milhões de euros.

No sector dos transportes e armazenagem, o resultado líquido negativo aumentou 23,7 milhões de euros (10%) num ano, fixando-se em cerca de 266 milhões até Março de 2015. Aqui, a DGTF destaca a variação do Metropolitano de Lisboa, que viu os seus prejuízos passarem de 5 milhões de euros para 27,1 milhões (um agravamento de 433%), e da TAP, que atingiu um resultado líquido negativo de 106,3 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, mais 31,3 milhões (42%) do que o registado no mesmo período de 2014.