TAP surpreende passageiros para recife com voo retro

O retrojet da TAP cruzou novamente o Atlântico, tendo o Brasil como destino. Recife, capital do estado de Pernambuco, recebeu ontem os passageiros que embarcaram em Lisboa no TP11, naquele que foi o derradeiro regresso ao passado deste ano, organizado pela companhia aérea nacional.

Foi há 50 anos, mais precisamente no dia 19 de abril de 1967, que se deu início à operação da TAP entre Lisboa e Recife. O CS-TBA Santa Cruz, o primeiro Boeing 707 ao serviço da companhia, aterraria sete horas e 55 minutos após a descolagem, inaugurando uma operação que viria a ser ininterrupta entre a capital portuguesa e a capital pernambucana.

Ontem, os clientes da TAP puderam regressar ao passado, mas desta vez a bordo do Airbus A330 Portugal, pintado pela companhia com uma das suas anteriores imagens corporativas. À semelhança dos sete voos retro anteriores, a TAP recriou a atmosfera dos anos 70, desde os balcões de check-in ao entretenimento a bordo.

Aos passageiros deste voo foram oferecidas etiquetas de bagagem e bolsas para cartões de embarque retro, à chegada ao aeroporto, bem como um diploma de viajante no tempo. A bordo, os clientes foram recebidos por uma tripulação vestida com uma das mais emblemáticas fardas da TAP, criada pelo estilista francês Louis Féraud, envergada com igual preceito por Rosa Mota. Junto à tripulação, a campeã olímpica de maratona deu as boas vindas a todos os Passageiros.

Já no respetivo lugar, os clientes puderam encontrar a icónica bolsa da TAP dos anos 70 que, em classe executiva, foi preenchida com um confortável pijama, água-de-colónia Lavanda da Ach. Brito, creme de mãos Benamôr e uma pasta dentífrica Couto. Uma vez mais, as refeições recriaram fielmente o que se servia a bordo nos anos 70.

Rui Paula, o chef Michelin convidado para esta viagem, propôs um bacalhau com puré de grão-de-bico, servido em ambas as classes, uma criação da sua autoria, incluída no projeto “Taste the Stars”. O já tradicional bife do lombo à portuguesa foi a alternativa oferecida a todos os que preferem carne. Como sobremesa, foram servidos os célebres chocolates Regina e, em classe executiva, um Parfait de banana com chocolate.

Marcas como a Coca-Cola e a cerveja Sagres marcaram a sua presença a bordo, servidas em garrafas de vidro e com o rótulo dos anos 70. Um Porto Graham’s colheita de 1972 foi servido no fim da refeição, em classe executiva.

A tripulação e Rosa Mota convidaram ainda todos os clientes a participar no “jogo dos furos” dos chocolates Regina. A experiência, totalmente nova para os mais pequenos, foi uma divertida e nostálgica brincadeira para os passageiros mais crescidos.