Taxa de ocupação abranda a nível nacional, mas preços mantêm ritmo de crescimento

De acordo com o AHP Tourism Monitors, da AHP (Associação da Hotelaria de Portugal), em agosto deste ano há a registar o crescimento dos preços em todos os destinos, mas a taxa de ocupação abranda com os destinos Oeste, Estoril, Lisboa, Costa Azul, Algarve e Madeira a terem uma variação negativa.

No mês de agosto, a taxa de ocupação quarto desceu um ponto percentual, em comparação com agosto de 2016, atingindo os 89%. Em termos de taxa de ocupação por destinos turísticos, cabe ao Algarve (93%), Açores (92%) e Madeira (91%) a maior taxa de ocupação.

O preço médio por quarto ocupado (ARR) fixou-se nos 112 euros, representando mais 7% do que no período homólogo, com destaque para as unidades hoteleiras de três e quatro estrelas, que registaram um crescimento de 11% e 10%, respetivamente. Os destinos turísticos Beiras (15%), Lisboa (14%) e Leiria/Fátima/Templários (13%) registaram os maiores crescimentos no preço médio por quarto ocupado.

O preço médio por quarto disponível (RevPAR) registou igualmente um crescimento de 7%, face ao mesmo mês do ano anterior, fixando-se nos 99 euros, com os destinos turísticos Algarve (154 euros), Estoril (112 euros) e Lisboa (95 euros) a registarem os valores de RevPar mais elevados. No Grande Porto, destaca-se o crescimento de 26% na categoria quatro estrelas, tanto em ARR como em RevPar.

Ainda em agosto, a receita média por turista no hotel obteve um aumento de 3% face a 2016, fixando-se nos 135 euros. Na análise por destinos turísticos, Lisboa foi novamente o destino que mais cresceu, com mais 17% face a agosto de 2016, no entanto há a registar a quebra da receita média em destinos como Açores (menos 13%), Estoril (menos 11%) e Algarve (menos 8%).

Citada em comunicado, Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, afirmou que, “o crescimento da taxa de ocupação abrandou, é um facto, no entanto estamos muito perto dos 90% neste indicador, o que faz com que os valores estabilizem”. “O que realmente nos preocupa é a duração da estada nos hotéis”, prossegue, sublinhando que “é muito baixa e este mês ainda decresceu mais”. “É tradicionalmente uma estada curta – cerca de dois dias – e que sofreu em alguns destinos turísticos uma descida acentuada, como foi o caso dos Açores (menos 21%), Estoril e Alentejo (menos 12%). Há destinos em que a estada média não ultrapassa os 1,5 dias, pelo que é premente pensar em fatores de atração que sirvam para prolongar as estadas”, conclui.