A taxa turística de Lisboa, aplicada sobre as dormidas, rendeu 3,88 milhões de euros à Câmara entre janeiro e maio, divulgou hoje a autarquia, prevendo que os sete milhões de euros estimados para este ano sejam “claramente ultrapassados”.
“Como é evidente, isto está a crescer de mês para mês, porque também é assim que acontece com a vinda de turistas para a cidade de Lisboa, e digamos que este número vai claramente ultrapassar aquilo que nós tínhamos previsto com a taxa turística”, afirmou à agência Lusa o vereador das Finanças, João Paulo Saraiva, que falava a propósito dos primeiros seis meses em que a taxa foi cobrada nas dormidas.
Questionado sobre qual é agora a previsão para este ano, o responsável respondeu: “Temos a estimativa de ultrapassar os oito milhões, mas continuamos a ser consideravelmente conservadores (porque) não sabemos”.
João Paulo Saraiva assinalou também que este número não inclui a receita gerada pela cobrança da taxa aos turistas que reservam, desde maio (quando o acordo foi celebrado), casas e quartos na plataforma ‘online’ Airbnb.
No que toca às recusas de pagamento por parte de turistas, “admito que possa ter havido para aí uma pessoa ou duas, mas os números são completamente desprezáveis”, indicou o vereador, justificando que “todos os turistas encararam com grande normalidade” a cobrança, que já existia antes noutras cidades europeias.
O valor arrecadado com a taxa vai reverter para um fundo turístico criado para financiar investimentos na cidade. Por agora, apenas se equaciona o financiamento do futuro Museu Judaico da cidade, mas para debater este e outros projetos o comité de investimentos do fundo irá reunir-se “em breve”, adiantou João Paulo Saraiva.