A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, participou esta manhã no APECATE DAY – promovido pela Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos – que teve lugar no Altice Fórum Braga.
Rita Marques centrou o seu discurso nos desafios que o setor tem pela frente, pois “mais do que lamber as feridas temos de reagir”, admitindo que “nesta altura temos, de facto, fragilidades evidentes e temos que ser fortemente combativos de modo a mitigá-las”. Temas que suscitam agora “especial atenção” por parte da Secretaria de Estado e que a SET confia que “estão em linha com as preocupações” dos empresários são a clarificação das regras, a cooperação e a comunicação.
“As regras precisam de ser devidamente clarificadas”
Segundo a responsável, “foi feito um esforço evidente, de todos os atores públicos, no sentido de procedermos ao desconfinamento acautelando-se o cumprimento de determinadas regras”. No entanto, “há setores em que precisamos de ir um pouco mais longe” e o subsetor da organização de eventos é “daqueles em relação aos quais as regras precisam de ser devidamente clarificadas”.
Rita Marques sublinha o “esforço extraordinário” que a APECATE tem feito no sentido de “auto regular o setor”, tendo já partilhado diversas propostas de normas a adotar, e avança que o Governo optou por não recorrer à regra dos “5 por 100” – normalmente utilizada para os eventos – por não ser “viável em termos de modelo de negócio” neste momento. A prioridade é “instigar confiança” a todos aqueles que participam e organizam eventos pelo que “temos de garantir que essa resposta possa sair nos próximos dias”, declara.
Governo avança com fundo perdido e linha específica para organização de eventos
Já a “cooperação faz-se de várias formas” e a público-privada tem sido essencial para que “os empresários possam sobreviver nestes tempos difíceis. Desta forma, a SET avança que a “Secretaria de Estado está a preparar um pacote específico para o setor do turismo” com novas “medidas que possam ajudar à manutenção e preservação de postos de trabalho”. No caso específico da Linha de Microcrédito, do Turismo de Portugal, passará a incluir “mais códigos de atividade económica”, isto é, mais empresas passam a ser elegíveis ao apoio.
Adicionalmente, o Governo fará um “esforço” para “converter parte do crédito concedido às microempresas a fundo perdido”, mediante certos objetivos, estando já essa questão em “fase final de regulamentação”. Por fim, está a ser preparada uma linha específica para empresas de organização de eventos que “ajude a que a receita que sairá naturalmente fragilizada, por força de nem todos estes lugares poderem ser vendidos quando estamos a organizar eventos, possa ser de alguma forma compensada com apoio público”, informa Rita Marques.
“Podemos continuar a experimentar Portugal enquanto destino turístico de excelência”
Além das regras e da cooperação necessárias, importa ainda “comunicar bem, positivamente e asertivamente, continuamente” num esforço que nos “assiste a todos”. A SET recorda que “somos 10 milhões e se todos nós, portugueses, instigarmos e promovermos uma comunicação positiva a favorecer o destino turística Portugal sairemos mais fortes” da crise. Assim, deixa o “apelo” para que todos “possamos na nossa vivência diária partilhar com amigos, clientes e colegas empresários, que temos feito coisas coisas substancialmente boas para que nos possamos orgulhar delas”.
Rita Marques defende que “por muito que as campanhas (do Turismo de Portugal e Entidades Regionais) sejam capazes a verdade é que nunca serão suficientemente fortes quando comparadas com esta onda que pode ser criada por todos nós”. A mensagem a transmitir é simples: “Estamos abertos, e se forem cumpridas todas as cautelas e regras, podemos continuar a experimentar Portugal como destino turístico de excelência.”