Tendências de viagens 2021: reservas de última hora, viagens locais e slow travel predominam, diz eDreams

A eDreams ODIGEO acaba de revelar os temas mais prementes para os viajantes em 2021, permitindo estabelecer as principais tendências que vão marcar este ano, assim que sejam levantadas as atuais restrições às viagens.

Reservas de última hora
São cada vez mais os clientes que marcam as suas viagens em cima da hora, uma tendência que parece ter chegado para ficar. De facto, as estatísticas do Google revelam um aumento de 519% nas pesquisas de viagens que incluem as expressões “hoje” e “esta noite”, que também se reflete na efetiva marcação das viagens.

Segundo dados internos da eDreams ODIGEO relativos a 2020, as marcações entre 0-5 dias antes da partida representam a maior percentagem das reservas (33%), sendo que apenas 17% das marcações são realizadas mais de 31 dias antes da viagem.

No caso de Portugal, é possível verificar esta tendência de forma contundente: em agosto de 2019, apenas 14% dos viajantes marcavam as suas viagens entre 0-5 dias antes da partida; em 2020 passaram a ser 24%. Em sentido contrário, em agosto de 2019 50% dos viajantes marcava as viagens mais de 31 dias antes da partida; e em 2020, apenas 25% o fez.

Aumento das viagens locais
Atualmente, os países têm regras diferentes e alteram-nas com frequência, o que dificulta as visitas ao estrangeiro. O Verão de 2020 revelou uma tendência crescente para as viagens dentro do próprio país – um estudo da Squaremouth revela que, a nível europeu, as viagens locais somaram 48% do total de viagens neste Verão, um aumento de 15% em relação ao ano passado.

Sem certezas ainda quanto à eficácia e alcance da vacina contra a COVID-19, com a prevalência do confinamento em muitos países e algum receio generalizado, a primeira metade de 2021 deverá continuar a levar os viajantes a descobrir as preciosidades dos seus próprios países.

Listas de desejos
Após um longo período sem poderem viajar, cada vez mais pessoas se sentem aborrecidas e frustradas e sonham com voltar a apreciar a sua vida ao máximo. Em 2021 (assim que seja possível) e sobretudo em 2022, os viajantes vão tentar cumprir as suas viagens de sonho, para compensar a falta de liberdade que sentiram no último ano.

O confinamento foi o momento perfeito para estabelecer listas com os maiores desejos, e os especialistas preveem que os viajantes vão estar mais predispostos a não olhar a meios para cumprir as suas grandes viagens de liberdade e descoberta, incluindo viagens longas a outros continentes e viagens mais luxuosas.

“Slow travel” 2.0
A pandemia permitiu também descobrir um novo tipo de viajante: aquele que procura regressa à vida normal de forma mais tranquila e num ritmo mais lento. Após muitos meses fechados em casa, são muitos os que procuram experiências que melhorem a sua saúde e bem-estar, com imersões reparadoras na natureza, exercício ao ar livre e escapadinhas em segurança para passar tempo de qualidade.

Segundo os especialistas , a procura pelos locais mais famosos e turísticos vai decrescer e vamos ver uma subida nas viagens de comboio, bicicleta, no aluguer de carros e nas roadtrips. Estes meios de transporte remetem-nos para viagens a espaços mais naturais e/ou secretos, com menos pessoas e maior segurança.

Desconexão do mundo
A pandemia provocou efeitos profundos que vamos sentir durante os próximos anos – um deles será a vontade de nos distanciarmos de multidões e desconectar do mundo. Explorar os parques naturais mais majestosos do mundo, observar céus estrelados e ilhas desertas, locais sem rede e longe do “mundo real” vai permitir-nos esquecer o ruído, a poluição e os estímulos excessivos que nos traz o ambiente urbano.

Os viajantes procuram cada vez mais viagens que lhes tragam paz e tranquilidade, em que se voltem a ligar à Natureza de forma pessoal e direta. De facto, as tendências do Google revelam um grande aumento de pesquisas por palavras como “bivouac” – um acampamento temporário e minimalista que permite aos viajantes que praticam atividades ao ar livre (caminhadas, ciclismo, etc.) passar uma noite imersos na natureza.

Higiene e segurança, o “novo normal” das viagens
Naturalmente, os viajantes procuram cada vez mais garantias sobre higiene e segurança nas suas viagens. O Google Trends revela um aumento acentuado e constante de pesquisas por expressões relacionadas, como “máscara avião”, desde o início da crise. De acordo com a United Airlines e o Department of Defense dos EUA, o risco de transmissões de COVID-19 em voos é extremamente baixo (para quem utilize devidamente a máscara), devido à eficiente filtração de ar e aos sistemas de tecnologia de ponta instalados nos aviões. A IATA corrobora esta informação, dizendo que os aviões estão entre os locais públicos mais seguros neste momento.

Os procedimentos no embarque e desembarque foram também totalmente modificados para permitir o distanciamento físico; por outro lado, na generalidade dos hotéis também foram implementadas regras rígidas quanto à limpeza e desinfeção, com os espaços comuns remodelados para a nova realidade. Estas medidas vão sendo adaptadas e melhoradas ao longo dos meses, contribuindo para assegurar os viajantes de que podem aventurar-se mais num futuro próximo.

Confiança e flexibilidade
Após um ano em que milhões de viagens foram canceladas, e aliando-se à já referida tendência de marcar viagens em cima da hora, são cada vez mais os consumidores que procuram flexibilidade nas suas viagens, de forma a poderem gerir situações imprevisíveis e em constante mudança.

A indústria das viagens necessita de se adaptar a esta realidade flexível, proporcionando aos seus clientes cada vez mais confiança para marcar viagens, sabendo que o seu dinheiro está a salvo – um bom exemplo é o recente serviço de datas flexíveis lançado pela eDreams ODIGEO, que inclui seguro COVID-19 em todos os bilhetes marcados (quando tal já não está coberto pelas próprias companhias de aviação).

Em suma, segundo a eDreams, a vontade de viajar continua bem presente e os viajantes anseiam por fazê-lo. Todavia, devemos continuar conscientes de que a COVID-19 mudou o nosso mundo e a forma como interagimos com ele, e vamos continuar a ter de realizar adaptações nos próximos meses e anos.

As atividades quotidianas e as compras são realizadas cada vez mais através de meios digitais e mobile – por exemplo, para a eDreams ODIGEO mais de 57% das reservas de voos é proveniente de dispositivos móveis. As viagens de última hora são cada vez mais comuns, a procura por destinos longínquos começa a renascer e as pesquisas do Google por “férias 2021” aumentou 124% desde o fim de março do ano passado.