“Teremos ondas de choque na ordem dos 50% relativamente às receitas de 2019”

Não há volta a dar. A receita turística de 2020 está gravemente afetada e as quebras poderão ser superiores a 50%, comparada com a obtida em 2019, indica a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, durante o debate “Turismo COVID-19: Preparar o Futuro”, promovido pela Deloitte, durante o dia de hoje. No entanto, de acordo com a responsável, está em preparação por parte do Governo um plano de médio/ longo prazo prazo para ativar o consumo e, apesar das expectativas de quebra de receitas, “é possível retomar rapidamente a atividade”. Sendo assim, de acordo com Rita Marques, “já estamos a trabalhar em junho/ julho/ agosto de 2020”. Este trabalho será feito com base na “confiança dos turistas pela segurança” e através de uma “parceria pública/ privada que instigue confiança no turismo”.

Indica a responsável que o setor está a trabalhar na “programação da reativação económica em cima das bases de sanidade, higiene e segurança”. E que haverá uma retoma gradual e faseada da economia, através da implantação de “normas, protocolos que estão a ser desenhados” que serão “as novas disciplinas de mercado” de forma a que “com os recursos que disponíveis as empresas dêm formação aos colaboradores”.

A secretária de Estado do Turismo frisa ainda que “no setor do turismo temos uma diversidade de players muito grande, o que provoca limitações de eficácia aos instrumentos financeiros que preparamos pela especificidades de algumas empresas”.