O The Icons Hotel, pertencente ao grupo Trius Hotels, nasceu na Rua Filipe de Mata, em Lisboa, e é uma homenagem a grandes personalidades mundiais. A inauguração desta unidade de três estrelas está prevista para o próximo dia 10 de julho.
A unidade oferece 31 quartos, distribuídos por sete pisos: “Todos estão tematizados consoante as personalidades de Nelson Mandela, Albert Einstein, Mahatma Gandhi, entre outros”, começa por dizer à Ambitur.pt Erik Ussene, CEO da Trius Hotels, sublinhando que, pelos espaços, é ainda possível encontrar “pequenos primatas iluminados”, concedendo um “forte impacto teatral” ao hotel. Com a particularidade de “não existirem dois quartos iguais”, o responsável explica que toda a seleção imobiliária se baseou na utilização de “cores quentes e vibrantes juntamente com o uso de madeiras”, capaz de “proporcionar um equilíbrio entre intensidade e sobriedade para um ambiente confortável, cómodo e requintado”.
Situado a poucos metros da Praça de Espanha, a localização é um “ponto-chave” no que toca à “comercialização”, permitindo, desde logo, “aliar a proximidade ao centro da cidade e a transportes para turistas em lazer”, como também captar “algum tecido empresarial na zona” que “poderá ter interesse neste tipo de unidade mais recente e peculiar”. Embora ainda seja “difícil e imprevisível” quantificar o número de reservas para este verão, devido à dependência da evolução da pandemia ou da normalização do tráfego, Erik Ussene sublinha que o foco centra-se em “mostrar ao mercado que é possível abrir um hotel em tempo de pandemia e transmitir esse sinal claro de confiança”, mesmo que os resultados sejam “muito distantes do que pretendemos”. As previsões deste responsável são de “20 a 25% de ocupação até ao final do ano”, acreditando que os centros urbanos, como Lisboa e Porto, “não deverão fugir muito a esses números”.
O facto da abertura do hotel coincidir com o estado de pandemia com que o mundo se depara leva o CEO do grupo a olhar para este passo como um estímulo: “Os hoteleiros movem-se por desafios e este é claramente o maior deles nos últimos anos”. Já não é novidade que os números de 2019 não voltarão a ser atingidos no próximo ano, mas o responsável considera que, para “minimizar o impacto que se tem vivido”, será fundamental “trabalhar de forma mais árdua e dedicada”. Na questão de “ajustar a procura”, Erik Ussene acredita que a tendência em Lisboa e no Porto será “baixar preço”. No entanto, o gestor sublinha que “acrescentar algum add on de valor à experiência” é algo que a unidade está a trabalhar, sem descurar que a adaptação à “nova realidade” será, sem dúvida, o grande desafio. Até ao final do ano, o responsável diz que a principal prioridade do The Icons é “transmitir confiança aos potenciais hóspedes”, independentemente do mercado de origem, mas também “formar equipas” e “criar mecanismos ativos de segurança e higiene”, comunicando assertivamente a posição do hotel. Embora o “mercado interno” faça parte deste início de operação, estando a unidade a trabalhar nesse sentido, Erik Ussene sublinha que “outros mercados de proximidade”, como Espanha, França, Reino Unido ou Alemanha, também fazem parte da estratégia da unidade para este arranque. Depois, e consoante a evolução da pandemia e a abertura do turismo, o responsável não tem dúvidas que mercados como o Brasil ou Estados Unidos da América estarão no “topo” dos promissores.
“Trius Residence” é a grande novidade do grupo
Atualmente, a Trius Hotels integra três unidades de alojamento local. Além do hotel The Icons, até ao final do ano, está prevista a inauguração de “uma unidade em Alfama” e “outra próxima do Aeroporto de Lisboa”, anuncia o responsável, avançando a “projeção de um hotel na zona histórica de Sines”.
O objetivo da marca portuguesa passa assim por “implementar unidades hoteleiras de qualidade em localizações-chave”, afirma Erik Ussene, realçando que, além de “estabelecer o grupo como uma marca de qualidade”, outro dos objetivos passará por desenvolver os “Trius Residence”, destinados ao “desenvolvimento e gestão de residências seniores”. Para o CEO do grupo, a aposta neste segmento advém de “vários estudos” que provam ser a “altura ideal para avançar nesse sentido”.
Embora as perspetivas não sejam no momento “animadoras”, Erik Ussen acredita que o panorama irá melhorar: “Mantemos a confiança e certeza no futuro de Lisboa e Porto enquanto destino consolidado, pelo que nos permite olhar para o futuro de forma positiva”.